''Calypso vai acabar e Joelma impedirá Chimbinha de usar o nome da banda'', diz produtor

Marcelo de Sá afirma que funcionários e músicos optaram acompanhar Joelma na carreira solo

por Marina Simões 31/10/2015 16:58
Reprodução / Facebook
(foto: Reprodução / Facebook)

A banda Calypso vai acabar. Depois do último show do grupo, programado para o Réveillon de Macapá, no Amapá, a empresa será desfeita. De acordo com o produtor da banda, Marcelo de Sá, o grupo deixa de existir, embora a maior parte dos funcionários tenham optado seguir com Joelma em carreira solo.

"Cada um vai para um lado. Se fosse uma dupla sertaneja, seria tudo mais fácil. Como se trata de um casal, envolve a família e os filhos. É mais delicado", analisa o produtor que acompanha a Calypso há pouco mais de 1 ano e meio. Os integrantes serão demitidos e vão receber indenizações. "A maioria dos músicos, dançarinos e integrantes da produção querem permanecer com ela (Joelma)”, explica.

Desde que decidiu se separar de Chimbinha e anunciou a saída da banda, Joelma é acompanhada por advogados, que a orientaram a evitar entrevistas e a se preservar de mais polêmicas.

Sobre as acusações de agressão contra Chimbinha, Marcelo desconversa e elogia o ex-patrão. "Soube por outras pessoas que ocorreram sim episódios de agressões no passado, mas isso foi há anos. Agora, via o Chimbinha como um homem digno e um bom patrão. Ele não é esse monstro que estão falando”, afirma.

Uma questão judicial envolve o desfecho do casamento dos artistas. Existem duas empresas registradas pela Calypso. Uma se chama JC Show, a empresa detentora do nome da banda. Nesse contrato, 60% é de Joelma e 40% do guitarrista. Portanto, Joelma é majoritária do nome da banda. A outra empresa, a JC Locações, é responsável pelos contratos de shows e funcionários, e as ações são divididas 50% para cada um.

Segundo a assessoria de imprensa da Calypso, Joelma não vai autorizar Chimbinha a permanecer com o nome da banda e incluir uma nova vocalista, como está sendo divulgado. A cantora Thábata Mendes, anunciada por Chimbinha, deve liderar outro projeto criado pelo músico.

Por enquanto, o nome “Banda Calypso” ficará inutilizado. Por outro lado, Joelma já tratou de providenciar uma nova empresa e registrou outro o nome artístico: Joelma Calypso. A estreia dela na carreira solo foi durante a gravação do DVD da Musa, em Olinda, onde ela cantou a faixa Amor de fã em dueto com Priscila Senna.

Entenda a separação

O casamento de Joelma e Chimbinha começou a acabar publicamente a partir de agosto. A cantora acusou o guitarrista com quem viveu 18 anos de tê-la traído. Dias depois, um áudio atribuído a ele vazou na internet, com confissões de uma traição.

Joelma chegou a ser flagrada na delegacia, e uma ordem de restrição judicial impediu o guitarrista de se aproximar da ex-companheira, à exceção dos shows da banda. Nas apresentações, no entanto, a loira externava descontentamento com a situação e fazia de questão de comentar com os fãs a traição sofrida - admitida depois por Chimbinha em entrevista ao Fantástico (Globo). Em um dos shows, ela chegou a ironizar a sugestão de um fã de perdoar o guitarrista, durante a execução da música A lua me traiu. "A lua não trai", afirmou.

Em outro momento, ela se recusou a subir ao palco e só se apresentou depois que Chimbinha deixou o local do show sob ataques dos fãs. O último compromisso de Joelma com a banda será na festa de réveillon de Macapá, no Amapá, no dia 31 de dezembro. Em seguida, ela segue carreira solo como Joelma Calypso. Ele anunciou uma nova parceira, Thábata Mendes, ex-cantora de grupos de axé, no Rio Grance do Norte.

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