Fagner volta a Belo Horizonte para revisitar seus 40 anos de carreira

Cantor retorna para cidade que, segundo ele, foi "importante" para a carreira. Show acontece amanhã, no Chevrolet Hall

por Walter Sebastião 23/10/2015 08:00

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Leo Aversa/Divulgação
Repertório passeia por 40 anos de carreira (foto: Leo Aversa/Divulgação)
Fazer show em Belo Horizonte é especial, afirma Fagner. Ele frequenta a cidade há décadas: apresentou-se na inauguração do Mineirinho (o outro cantor foi Roberto Carlos), já tocou em diversos teatros e tem amigos por aqui. “BH foi importante para a minha carreira”, observa, recordando que é do tempo (os anos 1970) em que ampla gama de produtos era testada na capital. A boa resposta do público foi decisiva para o futuro do artista, que agradece as bênçãos da plateia mineira.

“Estar na cidade é revisitar todas essas emoções”, explica o cearense, que se apresenta amanhã no Chevrolet Hall. O repertório passeia por seus 40 anos de trajetória. “É cena aberta, o público manda”, brinca, dizendo que vai mostrar composições “das antigas” menos conhecidas, como Dois quereres, Motivo e Asa partida. “Minhas músicas têm vida própria, posso tocá-las em qualquer época”, observa. O público ouvirá também novidades como Se o amor vier, de seu disco mais recente, Pássaros urbanos (2014). “Produzo muito”, justifica.

Fagner destaca seu gosto por clareza musical e boa palavra. “Poderia cair no fácil, mas meus parceiros sempre trouxeram palavras certas e de responsabilidade”, agradece. Ele compôs com dezenas de colegas, além de musicar poemas de Cecília Meirelles, Ferreira Gullar, Manoel Bandeira e García Lorca.

Um dos momentos mais emocionantes de sua vida foi cantar com Luiz Gonzaga. “Ele é um mito para nós, nordestinos, a referência musical maior”, afirma. “A música brasileira é muito diversificada, atinge todas as faixas sociais”, acrescenta Fagner. E atribui seu ecletismo ao fato de ter sido menino criado ouvindo rádio, “repertório de adulto”, com o irmão, Fares Lopes. Agora, ele planeja gravar um disco de seresta em parceria com Guinga.

Outra pessoa decisiva para a arte de Fagner foi seu pai, José Fares, que lhe deixou a herança do canto árabe. “Grave, ele sai do fundo da alma”, conclui.


FAGNER E BANDA
Amanhã, às 22h. Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, (31) 3209-8989. Inteira/pista e arquibancada: R$ 90 e R$ 110. Mesa: R$ 600.

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