Artistas lamentam morte do diretor, ator e produtor Luiz Carlos Miele

O produtor musical trabalhou com vários nomes de peso da música nacional, como Roberto Carlos, Alcione e Elis Regina

por Renata Rios 16/10/2015 09:43

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Arquivo Pessoal
(foto: Arquivo Pessoal)
O produtor musical, ator e diretor Luiz Carlos d’Ugo Miele foi encontrado morto ontem em sua casa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Aos 77 anos, o artista morreu de um mal súbito — possivelmente um infarto fulminante — e foi encontrado caído no chão de seu escritório já sem vida. Quando a corporação do Corpo de Bombeiros chegou ao local, apenas constatou o óbito. A notícia da morte do diretor chocou a família, já que o artista não tinha nenhum problema de saúde diagnosticado.

Vários artistas que trabalharam com Miele se pronunciaram pelas redes sociais sobre a perda do diretor, como o apresentador Amaury Jr. “O dia começa com a triste notícia do falecimento de Luiz Carlos Miele”, postou em seu perfil no Twitter. O ator também usou a internet para homenagear o artista. “Miele. Muita história, grande figura. Eu o interpretei numa série da Globo, criador e criatura, ele brincava.. Descanse em paz”, escreveu.

O humorista Fernando Caruso, filho do cartunista Chico Caruso, destacou que seu pai e Miele eram amigos e lamentou a morte do artista. “Eu e minha esposa estávamos assistindo I love Lucy. No programa, o Ricky Ricardo tem o Tropicana, que é uma casa de show. E eu fiquei pensando, será que a gente teve isso no Brasil? Um humorista tão completo, que também fazia música. E o Miele era um homem-show  representante desse segmento e dificilmente o Brasil vai produzir outro artista tão versátil. Ele era quase um embaixador, um diplomata, conhecia todo mundo. É uma grande perda para todos nós, espero que ele tenha o descanso merecido”, disse ao Correio.

Carreira extensa
Miele esteve diretamente ligado à explosão da Bossa Nova, em 1950, no Brasil. Nascido em São Paulo, começou a carreira profissional como locutor de rádio aos 12 anos. Trabalhou nas rádios Excelsior, Nacional e Tupi. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, em 1959, conheceu Ronaldo Bôscoli, com quem formaria uma dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos. Em seu currículo estão as produções de programas como Dois no balanço, Se meu apartamento falasse, Elis especial, Cem anos de espetáculo e Praça da alegria.

Com o tempo, Luiz Carlos Miele passou a exercer a função de diretor em projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), onde produziu trabalhos como Um brasileiro chamado Jobim, com Roberto Menescal, Danilo Caymmi, Joyce, Cris Delanno no elenco. Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Alcione, Milton Nascimento, Sergio Mendes e Lennie Dale são alguns dos artistas que passaram pelas mãos do produtor musical. Anualmente, ele ainda participava do projeto Emoções em alto mar, convite de Roberto Carlos.

Em 2005, o diretor mostrou que ainda tinha muito o que realizar ao lançar o livro Poeira de estrela e também gravou e lançou o DVD Miele. Seus últimos trabalhos foram Trair e coçar é só começar, Geração Brasil e uma participação no quadro Dança dos famosos, no programa Domingão do Faustão.

Atuações recentes

O brado retumbante,
como o personagem O senador

Tapas e beijos,
como Giuseppe;

A teia,
como Gama;

Geração Brasil
,
como Jack Parker


Repercussão
"RIP Miele... Muito gente fina, cara legal, já estivemos juntos em inúmeros carnavais. Esse era parceiro do Programa Pânico, infelizmente mais um amigo nosso se foi... O Pânico Na Band lamenta profundamente a perda desse cara..."
Alan Rapp, diretor

"Dia triste com a morte de Luiz Carlos Miele. Nesta foto, da década de 1970, ele está em um time misto…"
Milton Neves, apresentador

"Grande Miele. A arte boêmia perde um ícone. RIP"
Alê Youssef, apresentador

Miele era o cara. Artista e boêmio dos bons. RIP Miele"
Marcos Veras, ator

"E o céu vai ficando cada vez mais divertido"
Ingrid Zavarezzi, autora de novela

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