O produtor musical, ator e diretor Luiz Carlos d’Ugo Miele foi encontrado morto ontem em sua casa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Aos 77 anos, o artista morreu de um mal súbito — possivelmente um infarto fulminante — e foi encontrado caído no chão de seu escritório já sem vida. Quando a corporação do Corpo de Bombeiros chegou ao local, apenas constatou o óbito. A notícia da morte do diretor chocou a família, já que o artista não tinha nenhum problema de saúde diagnosticado.
Vários artistas que trabalharam com Miele se pronunciaram pelas redes sociais sobre a perda do diretor, como o apresentador Amaury Jr. “O dia começa com a triste notícia do falecimento de Luiz Carlos Miele”, postou em seu perfil no Twitter. O ator também usou a internet para homenagear o artista. “Miele. Muita história, grande figura. Eu o interpretei numa série da Globo, criador e criatura, ele brincava.. Descanse em paz”, escreveu.
O humorista Fernando Caruso, filho do cartunista Chico Caruso, destacou que seu pai e Miele eram amigos e lamentou a morte do artista. “Eu e minha esposa estávamos assistindo I love Lucy. No programa, o Ricky Ricardo tem o Tropicana, que é uma casa de show. E eu fiquei pensando, será que a gente teve isso no Brasil? Um humorista tão completo, que também fazia música. E o Miele era um homem-show representante desse segmento e dificilmente o Brasil vai produzir outro artista tão versátil. Ele era quase um embaixador, um diplomata, conhecia todo mundo. É uma grande perda para todos nós, espero que ele tenha o descanso merecido”, disse ao Correio.
Carreira extensa
Miele esteve diretamente ligado à explosão da Bossa Nova, em 1950, no Brasil. Nascido em São Paulo, começou a carreira profissional como locutor de rádio aos 12 anos. Trabalhou nas rádios Excelsior, Nacional e Tupi. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, em 1959, conheceu Ronaldo Bôscoli, com quem formaria uma dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos. Em seu currículo estão as produções de programas como Dois no balanço, Se meu apartamento falasse, Elis especial, Cem anos de espetáculo e Praça da alegria.
Com o tempo, Luiz Carlos Miele passou a exercer a função de diretor em projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), onde produziu trabalhos como Um brasileiro chamado Jobim, com Roberto Menescal, Danilo Caymmi, Joyce, Cris Delanno no elenco. Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Alcione, Milton Nascimento, Sergio Mendes e Lennie Dale são alguns dos artistas que passaram pelas mãos do produtor musical. Anualmente, ele ainda participava do projeto Emoções em alto mar, convite de Roberto Carlos.
Em 2005, o diretor mostrou que ainda tinha muito o que realizar ao lançar o livro Poeira de estrela e também gravou e lançou o DVD Miele. Seus últimos trabalhos foram Trair e coçar é só começar, Geração Brasil e uma participação no quadro Dança dos famosos, no programa Domingão do Faustão.
Atuações recentes
Vários artistas que trabalharam com Miele se pronunciaram pelas redes sociais sobre a perda do diretor, como o apresentador Amaury Jr. “O dia começa com a triste notícia do falecimento de Luiz Carlos Miele”, postou em seu perfil no Twitter. O ator também usou a internet para homenagear o artista. “Miele. Muita história, grande figura. Eu o interpretei numa série da Globo, criador e criatura, ele brincava.. Descanse em paz”, escreveu.
O humorista Fernando Caruso, filho do cartunista Chico Caruso, destacou que seu pai e Miele eram amigos e lamentou a morte do artista. “Eu e minha esposa estávamos assistindo I love Lucy. No programa, o Ricky Ricardo tem o Tropicana, que é uma casa de show. E eu fiquei pensando, será que a gente teve isso no Brasil? Um humorista tão completo, que também fazia música. E o Miele era um homem-show representante desse segmento e dificilmente o Brasil vai produzir outro artista tão versátil. Ele era quase um embaixador, um diplomata, conhecia todo mundo. É uma grande perda para todos nós, espero que ele tenha o descanso merecido”, disse ao Correio.
saiba mais
-
Miele dizia que sucesso era o que mais gostava de fazer
-
Djalma não entende de Política se prepara para lançar primeiro clipe
-
Roberta Sá lança o disco de sambas 'Delírio'
-
Primeira apresentação de 'Bohemian rhapsody', do Queen, será lançada em filme
-
Tom Zé se apresenta na Praça da Liberdade com entrada franca
-
Com show do Racionais em BH, Edi Rock comemora nova fase do rap brasileiro
-
Maria Bethânia faz apresentação de recital em Inhotim
-
Wilson Sominal ganha caixa com nove discos e CD/DVD do Baile do Simonal
-
O cantor e compositor Siba traz o som de Pernambuco para BH
Miele esteve diretamente ligado à explosão da Bossa Nova, em 1950, no Brasil. Nascido em São Paulo, começou a carreira profissional como locutor de rádio aos 12 anos. Trabalhou nas rádios Excelsior, Nacional e Tupi. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, em 1959, conheceu Ronaldo Bôscoli, com quem formaria uma dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos. Em seu currículo estão as produções de programas como Dois no balanço, Se meu apartamento falasse, Elis especial, Cem anos de espetáculo e Praça da alegria.
Com o tempo, Luiz Carlos Miele passou a exercer a função de diretor em projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), onde produziu trabalhos como Um brasileiro chamado Jobim, com Roberto Menescal, Danilo Caymmi, Joyce, Cris Delanno no elenco. Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Alcione, Milton Nascimento, Sergio Mendes e Lennie Dale são alguns dos artistas que passaram pelas mãos do produtor musical. Anualmente, ele ainda participava do projeto Emoções em alto mar, convite de Roberto Carlos.
Em 2005, o diretor mostrou que ainda tinha muito o que realizar ao lançar o livro Poeira de estrela e também gravou e lançou o DVD Miele. Seus últimos trabalhos foram Trair e coçar é só começar, Geração Brasil e uma participação no quadro Dança dos famosos, no programa Domingão do Faustão.
Atuações recentes
O brado retumbante,
como o personagem O senador
Tapas e beijos,
como Giuseppe;
A teia,
como Gama;
Geração Brasil,
como Jack Parker
Repercussão
"RIP Miele... Muito gente fina, cara legal, já estivemos juntos em inúmeros carnavais. Esse era parceiro do Programa Pânico, infelizmente mais um amigo nosso se foi... O Pânico Na Band lamenta profundamente a perda desse cara..."
Alan Rapp, diretor
"Dia triste com a morte de Luiz Carlos Miele. Nesta foto, da década de 1970, ele está em um time misto…"
Milton Neves, apresentador
"Grande Miele. A arte boêmia perde um ícone. RIP"
Alê Youssef, apresentador
Miele era o cara. Artista e boêmio dos bons. RIP Miele"
Marcos Veras, ator
"E o céu vai ficando cada vez mais divertido"
Ingrid Zavarezzi, autora de novela