Mundo Livre S/A faz show nesta quarta em Belo Horizonte com entrada franca

Banda pernambucana expoente do manguebeat faz retrospectiva da carreira, que soma 30 ou 22 anos, segundo o vocalista Fred Zeroquatro

por Eduardo Tristão Girão 10/06/2015 10:30

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TATI BRANDÃO/DIVULGAÇÃO
(foto: TATI BRANDÃO/DIVULGAÇÃO)
São 30 anos de história da banda – ou 22, dependendo do ponto de vista. Quem explica é o líder do Mundo Livre S/A, o pernambucano Fred Zeroquatro: “Éramos uma banda de garagem, havíamos passado por uma fase punk. Em 1984, eu e parceiros de militância tivemos a ideia do grupo, com linguagem diferente e sem muito envolvimento com o circuito profissional. Um lance amador, meio válvula de escape. Em 1993, no Abril Pro Rock, fizemos nosso primeiro show recebendo cachê, com exposição na mídia. Os 30 anos são do conceito”.

De lá pra cá, a banda fez história como um dos pilares do movimento manguebeat, ao lado de nomes da cena recifense como Chico Science & Nação Zumbi. Seu disco de estreia, Samba Esquema Noise, marcado pela mistura bem bolada de samba e rock que ainda hoje marca a sonoridade do grupo, é quase uma unanimidade de crítica. Um apanhado dessa trajetória está prometido para os shows do Mundo Livre S/A em Belo Horizonte: nesta quarta-feira, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil, e quinta, às 21h, no Granfinos. O de hoje tem entrada franca.

O público vai conferir apenas uma inédita, 'Loló Luiza', inserida em repertório já apresentado em abril, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, onde a banda recentemente gravou DVD comemorativo das suas três décadas. “Vamos manter algumas coisas do 'Samba Esquema Noise', mas o show não será sobre nenhuma fase específica. Em São Paulo, a galera estava enlouquecida. Tivemos de cortar músicas de última hora, pois o tempo estourou. Ficaram 17, mas havíamos preparado 25. Mesmo assim, ficou abrangente”, diz Zeroquatro.

Além dele (guitarra, violão, cavaquinho e voz), o Mundo Livre S/A conta com o baterista Chef Toni (único remanescente da formação original, ao lado de Zeroquatro), o baixista Areia (desde 2004), o percussionista Pedro Santana (o mais recente na banda, entrou há dois anos) e o tecladista Leo D (produtor de outras bandas em Recife).

“Para esse DVD, que deve sair este ano ainda, retrabalhamos algumas músicas. A banda passou por mudanças de formação, e os músicos atuais preferiram retrabalhá-las na linguagem deles. Sem descaracterizar a ideia original, mas com a pegada deles, até porque os timbres vão se atualizando. Essa diversidade, estar sempre antenado, faz parte do Manguebeat. Não dá para rotular a gente, temos de estar sempre nos inventando. A nossa música não perde a essência, mas é bom ter essa liberdade para trabalhar”, resume o vocalista.

Mundo Livre S/A
Nesta quarta-feira, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários). Entrada franca. Informações: www.claroexperiencias.com.br. Quinta, às 21h, no Granfinos (Avenida Brasil, 326, Santa Efigênia). Ingressos: a partir de R$ 30 (inteira), à venda no local e pelo site www.sympla.com.br. Informações: (31) 3241-1482.

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