Uma evocação aos primórdios do cinema, quando a trilha sonora dos filmes era feita ao vivo, mas valendo-se de sons e imagens contemporâneas, é a atração do cine-concerto que ocorre hoje, às 20h, no Teatro Oi Futuro. Curtas de Cao Guimarães ganham música do duo O Grivo, formado por Nelson Soares e Marcos Moreira. O evento é programação comemorativa dos 10 anos de existência do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, cuja décima edição será realizada de 17 a 22 de junho.
VIDA PRÓPRIA “Gosto muito de ver minhas imagens ganharem outros significados em obras dos músicos. É como se o filme tivesse vida própria, cada vez que revejo, se transformou em outra coisa”, conta Cao Guimarães. A mesma sensação, diz o cineasta, ele tem quando recebe seus filmes com a trilha sonora pronta, depois de longo tempo trabalhando na edição e já cansado das imagens. “Sinto que o som deu outra camada narrativa, outro fôlego para o filme”, explica. O cineasta considera que os trabalhos do Grivo, pelo manuseio e diversidade de fontes sonoras, ao vivo, têm dimensão também de performance.
A atenção concedida pelo duo mineiro às tramas de sons, ruídos e silêncios, na opinião de Cao Guimarães, dialoga com a herança do norte-americano John Cage, “com pegada única e muito original”, que abarca desde as pesquisas estéticas da música contemporânea até a questão da construção de instrumentos, além de exploração dos objetos como fontes sonoras. “Nelson Soares e Marcos Moreira são trilhistas absolutos dos meus filmes.”
O cineasta já fez um filme (Nanofania) para uma música do duo. “São pessoas hipersensíveis auditivamente, músicos na essência do termo, que têm compreensão ampliada do que é música. Eles me ensinam a ouvir.”
Cine-concerto Sons e imagens
VIDA PRÓPRIA “Gosto muito de ver minhas imagens ganharem outros significados em obras dos músicos. É como se o filme tivesse vida própria, cada vez que revejo, se transformou em outra coisa”, conta Cao Guimarães. A mesma sensação, diz o cineasta, ele tem quando recebe seus filmes com a trilha sonora pronta, depois de longo tempo trabalhando na edição e já cansado das imagens. “Sinto que o som deu outra camada narrativa, outro fôlego para o filme”, explica. O cineasta considera que os trabalhos do Grivo, pelo manuseio e diversidade de fontes sonoras, ao vivo, têm dimensão também de performance.
A atenção concedida pelo duo mineiro às tramas de sons, ruídos e silêncios, na opinião de Cao Guimarães, dialoga com a herança do norte-americano John Cage, “com pegada única e muito original”, que abarca desde as pesquisas estéticas da música contemporânea até a questão da construção de instrumentos, além de exploração dos objetos como fontes sonoras. “Nelson Soares e Marcos Moreira são trilhistas absolutos dos meus filmes.”
O cineasta já fez um filme (Nanofania) para uma música do duo. “São pessoas hipersensíveis auditivamente, músicos na essência do termo, que têm compreensão ampliada do que é música. Eles me ensinam a ouvir.”
Cine-concerto Sons e imagens
Filmes de Cao Guimarães e música de O Grivo. Hoje, às 20h. Teatro Oi Futuro, Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras. Entrada franca. Solicita-se que os ingressos sejam retirados 60 minutos antes do início do espetáculo.