Orquestra Sinfônica abre temporada de concertos

Sob a regência do maestro Marcelo Ramos, o grupo interpreta Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Francisco Mignone (1897-1986), em companhia do Coral Lírico de Minas Gerais

por Ailton Magioli 18/03/2015 08:30

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Paulo Lacerda/FCS/Divulgação
(foto: Paulo Lacerda/FCS/Divulgação)
Fio condutor da abertura de temporada da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), a música brasileira volta a marcar presença nesta quarta e quinta-feira à noite, às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Sob a regência do maestro Marcelo Ramos, o grupo interpreta Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Francisco Mignone (1897-1986), em companhia do Coral Lírico de Minas Gerais. “Trata-se de dois grandes ícones da música que escreveram para coro”, diz o maestro, sobre a escolha. Ele conta que a obra do europeu Antonín Dvorák (1841-1904) será o fator de união dos dois compositores brasileiros no programa.


“Fazer a música brasileira é um privilégio, uma coisa fantástica”, comemora Lincoln Andrade, regente do coro de 63 cantores, com 36 anos de estrada. “Vamos fazer um repertório raro de se ouvir hoje em dia”, afirma.


Como faz questão de lembrar o maestro Marcelo Ramos, depois de César Guerra-Peixe (1914-1993), com o qual abriu sua temporada 2014, a Sinfônica escolheu os dois maiores nacionalistas brasileiros. “O que os une é a relação da música folclórica com a nacionalista”, observa o maestro, ressaltando o fato de que Choros nº 10, de Villa-Lobos, Maracatu do Chico Rei/Bailado Afro-brasileiro, de Francisco Mignone, e Carnaval, de Antonín Dvorák, prestam homenagem aos ritmos que vieram das ruas.


Considerada a obra mais conhecida de Villa-Lobos, Choros nº 10/Rasga coração é uma mistura de instrumentos e vozes que cria uma teia sinfônica intrincada. “Trata-se de um prelúdio meio florestal, que desencadeia em uma homenagem aos índios e desemboca quase num samba”, diz Ramos. O maestro salienta que, enquanto o Carnaval (Dvorák) é percussivo, o Maracatu (Mignone) constitui um universo sonoro próprio, sem ignorar as influências italianas na orquestração.


Com o programa desta quarta, a OSMG inaugura a série Sinfônica em concerto, que será realizada sempre às quartas, às 20h30. Paralelamente, a partir do dia 31, duas vezes ao mês, o grupo promove a Sinfônica ao Meio-Dia, com entrada franca.
Este ano, estão previstos 50 concertos da OSMG, incluindo óperas que ainda serão anunciadas. Hoje, a OSMG também inaugura a campanha Bravo, professor. A cada concerto, serão disponibilizados dois ingressos gratuitos para professores que comprovarem o exercício da profissão (via contracheque, crachá ou carta da instituição na qual leciona).



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