Musical francês 'Piaf! O show' chega a Belo Horizonte

Espetáculo é protagonizado pela cantora e atriz francesa Anne Carrere

por Carolina Braga 12/03/2015 08:30

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Alain Bigue/divulgação
A jovem cantora francesa Anne Carrere chega a BH para interpretar Edith Piaf (foto: Alain Bigue/divulgação)
“É a minha descoberta mais importante dos últimos 20 anos", empolga-se o diretor francês Gil Marshall. Ele se refere à cantora e atriz Anne Carrere, protagonista do espetáculo 'Piaf! O show', em cartaz nesta sexta-feira no Palácio das Artes. Tímida, a cantora responde ao elogio com um sorriso e, claro, soltando a voz a capela, via Skype. Sim, pelo menos no timbre, ela se parece bastante com Piaf.


A artista, de 29 anos, há 15 atua nos palcos franceses. "Depois desse tempo, senti-me pronta para encarar o papel. Sabia que minha voz poderia fazer isso, mas Piaf é única. Nunca quis imitá-la", conta. Como qualquer jovem cantora nascida na terra da diva, ela cresceu ouvindo a intérprete de 'La vie en rose' e 'Non, je ne regrette rien'.

Graças à avó, Anne Carrere conheceu a obra de Piaf. Não é pouca coisa. A francesa gravou mais de 400 canções em quase 30 anos de carreira. Para a jovem artista, a universalidade desse legado está no fato de ela cantar o amor. E, nesse quesito, não importa o idioma.

Gil Marshall até pediu para que o espetáculo seja legendado no Brasil, mas concorda que o repertório de Edith Piaf dispensa tal recurso. A montagem é dividida em duas partes. A primeira, de 45 minutos, concentra-se no período em que "La môme" cantava pelas ruas de Montmartre, em Paris. O segundo ato narra o período de glória, quando ela se transformou em ícone da cultura francesa.

Estarão no palco Anne Carrere e quatro músicos ao piano, acordeão, bateria/xilofone e contrabaixo. Segundo o diretor, os arranjos não foram mudados, pois o objetivo é reproduzir a atmosfera de Montmartre nos anos 1930 e 1940.

MEMÓRIA Germaine Ricord, amiga de Edith Piaf, foi fiel escudeira do diretor durante o processo de montagem. Graças aos casos que ela contou, a equipe descobriu a origem do apelido "La môme" (Pequeno pardal), história que foi parar no roteiro. A cenografia é composta por fotos e vídeos de época inéditos.

"Aprendemos tantas coisas sobre Edith Piaf... Tenho certeza de que o público não conhece o que verá no palco", diz Gil Marshall. "Trabalhamos muito para tentar entender a vida e a carreira dela. O filme (que deu o Oscar à atriz francesa Marion Cotillard) nos inspirou bastante. Entretanto, aprendi mais convivendo com Germaine, amiga e confidente de Piaf", conclui Anne Carrere.

BRASIL Gil e Anne estreiam no país quando se comemora o centenário de Piaf. "Viajamos muito. Estivemos na China e no Japão, mas nunca no Brasil e na Argentina", ressalta. A dupla está curiosa para conhecer Bibi Ferreira, uma das artistas que melhor representou a musa francesa. Eles já tiveram notícia da impressionante performance da brasileira e têm a expectativa de conhecê-la pessoalmente. De Belo Horizonte, o musical segue para Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.

PIAF! O SHOW
Nesta sexta-feira, às 19h. Grande Teatro do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Plateia 1: R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia). Plateia 2: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia). Plateia superior: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia).

MAIS SOBRE MÚSICA