Interação com o público marca show de Jorge e Mateus em BH

Trajetória bem-sucedida da dupla se refletiu diretamente no repertório, com um sucesso atrás do outro

por Kelen Cristina 28/02/2015 19:24

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Kelen Cristina/EM/D.A Press
(foto: Kelen Cristina/EM/D.A Press)
Se tem uma coisa que os fãs da dupla Jorge e Mateus não podem reclamar é da interação e carinho que os cantores têm com seus admiradores. O show dessa sexta-feira à noite, no Chevrolet Hall, em BH – o primeiro na capital mineira no ano em que eles comemoram uma década nos palcos –, foi prova disso. Da primeira à última música, Jorge e Mateus fizeram da apresentação um intenso bate-bola com o público. Intensidade que, por pouco, não causou brigas entre moças da plateia, ávidas por uma foto ao lado do vocalista principal.

A apresentação começou com quase uma hora de atraso. A trajetória bem-sucedida da dupla se refletiu diretamente no repertório, com um sucesso atrás do outro, todos entoados com fervor pelos fãs. A hora é agora, Calma, Logo eu, Eu quero só você, Enquanto houver razões, Voa Beija-flor, O que é que tem?, Aí já era, Amo noite e dia, Por quê?... Também já estavam na ponta da língua Calma e Nocaute, canções recém-lançadas do CD Os Anjos cantam, que chega às lojas em março.

Cada hit intercalado pela leitura das dezenas de cartazes com mensagens aos cantores. E Jorge procurava ler um por um. A interatividade era tamanha que ele chegava a reconhecer, entre a multidão, seguidores mais fiéis, demonstrando saber até da vida pessoal de alguns deles – como a moça que acabara de ficar noiva. Muitos foram cumprimentados pelo nome.

A todo momento, Jorge foi bombardeado por presentes, cartazes, bilhetes e camisas para serem autografados. A certa altura, até brincou: “Isso aqui está parecendo sala de aula quando o professor sai. Cheio de bolinha de papel no chão”. Surpreendente foi ver que que o cantor recolhia as camisas lançadas de diferentes direções, e, alguns minutos depois, microfone em punho e dando prosseguimento ao show, ia para um canto do palco dar seu autógrafo. Em seguida, retornava à plateia, devolvendo a camisa exatamente ao dono.

Kelen Cristina/EM/D.A Press
(foto: Kelen Cristina/EM/D.A Press)
REGGAE

O show deu uma pausa no som sertanejo quando Mateus assumiu o microfone. Braço tatuado, barbudo, ele fez seu solo com a guitarra, cantou Rude, da banda canadense de reggae Magic! e fez a plateia levantar no refrão Why you gotta be so rude?/ I'm gonna marry her anyway/ Marry that girl/ Marry her anyway. Emendou logo com Capital Inicial, À sua maneira. Apesar de ser o mais contido da dupla, Mateus também teve seu momento tête-a-tête, confidenciando que vai se casar no ano que vem, quando uma fã mostrou um cartaz pedindo que eles se apresentassem na festa de casamento dela.

Como a maioria dos cartazes trazia um pedido de foto ou ida ao camarim, Jorge avisou: “Só vamos poder chamar 20 pessoas da plateia para ir ao camarim. Mas vou atender a todos esses aqui do lado (referindo-se aos portadores de necessidades especiais, posicionados ao lado do palco), por causa da dificuldade extra que tiveram para chegar até aqui”. A promessa foi cumprida durante a última música da apresentação. Entoando A hora é agora, Jorge desceu e tirou fotos com todos os portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes, esbanjando simpatia.

Quem estava na grade que dividia o setor da pista premium tirou sua casquinha. Com gritos histéricos e lágrimas rolando pelo rosto, uma senhora, no alto dos seus 50 anos, carregava um rolo de papel com milhares de “Eu te amo” escritos. Estava determinada a entregá-lo ao ídolo e, para tanto, não poupou esforços, empurrões e cotoveladas em quem a ladeava. Quando Jorge se aproximou, ela o agarrou pelo pescoço com tamanha força que parecia decidida a não soltá-lo. Paciente, ele não se esquivou. A filha, também em lágrimas, registrou o momento no celular. O problema é que a senhora encontrou concorrência na luta pela atenção do cantor, e não gostou. Um início de tumulto se formou, quando ela decidiu resolver a parada no braço, com uma garota. Levada pela filha, aos poucos se acalmou. E voltou para casa com seu grande prêmio: a foto ao lado do amado.

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