Ao lado de Rufo Herrera, Estado de Minas desfia o fio do tempo

Reportagem passou a manhã na companhia do compositor e instrumentista argentino, fundador do Quinteto Tempos e da Orquestra Ouro Preto; veja como foi a conversa

por Jefferson da Fonseca Coutinho 08/02/2015 10:00

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Cristina Horta/EM/D.A Press
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

São 75 anos dedicados à música. Pouco mais de 80 de vida, iniciada em família de camponeses no interior de Córdoba, na Argentina. O Rufo Herrera, cidadão de Belo Horizonte e de Ouro Preto de 1978 pra cá, muita gente conhece. Sabe-se pouco é do menino miúdo, bandoneonista de ouvido, que ganhou Vila do Rosário ainda de calças curtas, tocando e improvisando no restaurante da tia Dolores. Ou do garoto que, ainda nos anos 1940, tornou-se a sensação de programa de talentos em rádio de milongas. Para saber melhor desse doutor honoris causa, fundador do Quinteto Tempos e da Orquestra Ouro Preto, o Estado de Minas passou a manhã na companhia do compositor e instrumentista para desfiar o novelo do tempo.

Nos últimos 50 anos, o argentino de Rio Primeiro escreveu seu nome na arte contemporânea brasileira. Além de trabalho reconhecido em experimentação, pesquisa e criação musical, Rufo esteve ao lado de importantes realizadores da cena teatral. Nomes como João das Neves, Carlos Rocha e Ione de Medeiros. Premiado e festejado em vários países, ele é autor de mais de uma centena de obras, que incluem balés, cantatas e óperas. Com o Quinteto Tempos – fundado em 1991 –, Rufo estará em cartaz hoje, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil, na programação do Verão Arte Contemporânea (VAC). Entre outras parcerias, o mestre do bandoneon tem discos gravados com o seu grupo e com a Orquestra Ouro Preto.

Simples, de olhar profundo e voz tranquila, Rufo revive com emoção parte de sua história. Fala de amor com a experiência de quem desvenda presenças. “Em primeiro lugar, amor é a percepção do outro. Você ama quando percebe o outro. Tudo o que ele traz, tudo o que o amor acrescenta, é a partir da percepção do outro. Quando não há isso, há erro… É outra coisa qualquer, mas não é o amor”. Para o argentino, família tem mais a ver com moral e valores sociais. “Se você pensa na natureza do encontro, no convívio, a harmonia pode se dar com família ou sem família”, diz. Para Rufo, música é o que mais se parece com religião. “Se você me perguntar se acredito incondicionalmente numa coisa, eu digo: na música”.

O tempo, por sua vez, é o grande mistério para Rufo. “Você quer saber o que você é… Das poucas conclusões a que podemos chegar é que cada um de nós, em determinado momento, é o que foi, o que é e o que será”, considera.

Durante a conversa, o mestre bandoneonista parou para tocar. Interpretou Bach e uma composição autoral. Na sala da Fundação de Educação Artística (FEA), em BH, não teve quem não se emocionasse com a performance do professor. Leia a seguir um pequeno mapa no tempo de Rufo Herrera, entre 1933 e 1978, período em que ele esteve distante das montanhas de Minas Gerais.

Cristina Horta/EM/D.A Press
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
"Tive um elo muito  grande com a música por meio do meu pai, Pedro, um violeiro,  um músico rural, folclórico"

A música é alguma coisa que vem com a gente. Ou não vem. A primeira parte da minha vivência com a música foi absolutamente intuitiva. Venho de uma família de camponeses do Departamento de Rio Primeiro, interior de Córdoba. Lá era um sertão, um pampa. De início, tive um elo muito grande com a música por meio do meu pai, Pedro, um violeiro, um músico rural, folclórico. Ele improvisava no violão, improvisava versos. Era hábito dele, todas as noites, ao chegar do campo. Sentava e tocava violão, enquanto minha mãe preparava o chimarrão. E eu dormia ouvindo o violão dele. Dos meus irmãos, crescemos oito, nenhum outro saiu músico.

O mais forte e decisivo foi aos 5 anos, quando vi um bandoneon pela primeira vez. Foi numa festa pátria. De dia se fazia uma festa para as crianças; à noite, uma velada, tipo forró, para os mais velhos. Ali, meus irmãos, que já estudavam na cidade, conheciam músicos e convidaram um trio de bandoneon, violão e violino, para tocar. Foi uma loucura. O som do bandoneon tomou a minha imaginação inteira. Não consegui mais pensar em outra coisa. Rádio era caro. Só era possível ouvir rádio na casa de algum vizinho.

Fiquei atrás do meu irmão mais velho, o Zenóbio, querendo que ele me ajudasse a aprender a tocar bandoneon. Queria que ele arrumasse um bandoneon pra mim. E ele dizia: “Você vai ter que esperar uns anos. O instrumento é grande, pesado demais para você”. E assim foi: ele me enrolando, mas eu não desistia. Tempo depois, aos 8, estava pronto para ir para Córdoba estudar na escola primária. Meu irmão disse que faria um teste comigo. E conseguiu alugar um bandoneon para levar lá pro campo por um fim de semana.


"Zenóbio precisou vender uma velha máquina Remington para dar entrada num bandoneon usado"

Zenóbio me disse: “Fiz tudo isso pra você ver que você não vai conseguir tocar. É grande o instrumento pra você. É difícil”. Peguei o bandoneon e comecei a procurar, a procurar, e achei uma harmonia. Comecei a buscar uma melodia… e fui. No fim de semana, já estava tirando uma musiquinha. (risos) “Não é que o moleque vai tocar mesmo”, ele admitiu. E me matriculou numa escola em Córdoba, dizendo que usaria um instrumento emprestado até que ele pudesse me dar um. Era caro e ele, funcionário público, não tinha dinheiro.

Dois danos depois, Zenóbio chegou e disse: “Bem, vou comprar um bandoneon pra você”. Ele precisou vender uma velha máquina Remington para dar entrada num bandoneon usado. “Mas nós vamos fazer um trato: você vai ter que tocar no meu casamento”. Ele se casaria no ano seguinte. Disse: “Toco!”. E, claro, toquei. Peguei o bandoneon e comecei a tirar algumas músicas. No dia do casamento, já tinha umas 10 musiquinhas. (risos)

A partir daquele comentário, começou a se espalhar que uma criança de 10 anos tocava bandoneon. Em outra cidade, em Vila do Rosário, toquei em público pela primeira vez. Isso está ligado à minha história, porque, anos depois, a primeira orquestra de que participei também foi em Vila do Rosário.

No casamento, tinha muita gente de vários lugares, de Buenos Aires e até do Uruguai. Estava lá uma tia de Capela dos Remédios, um lugarejo do interior, tipo Chapada, perto de Ouro Preto. Naquele lugar, onde morava nossa tia Dolores, havia uma festa da padroeira todos os anos. Era uma grande festa, que durava mais de uma semana. Ela montava um restaurante para atender os visitantes. E ganhava dinheiro para o ano todo com aquele restaurante.

"Pedro, você já viu como esse menino tá tocando? Ele já pode ganhar dinheiro com isso"


Tia Dolores chegou para o meu pai e disse: “Pedro, você já viu como esse menino tá tocando? Ele já pode ganhar dinheiro com isso”. Meu pai não queria deixar, mas ela insistiu e fui tocar na festa de Capela dos Remédios. Foi assim que inaugurei a minha vida profissional, aos 11 anos, no restaurante da minha tia. Era como um café-concerto do interior.

Toquei durante os oito dias de festa. Às 10h, já tinha gente lá no restaurante querendo me ouvir. E tinha que tocar. O movimento maior era à tarde, às 17h, e tocava até as 22h, 23h. Não sei como aguentava. O público poderia ter descoberto lá a minha veia de compositor: o repertório acabava, e eu inventava. Inventava muito. Não dizia que a música era minha,mas de autores conhecidos.

Depois da festa de Capela dos Remédios, fiquei conhecido e não tive mais férias. Durante as aulas não podia, mas quando não tinha escola, eram as festas, os festivais. Havia um programa de rádio em Córdoba, para crianças talentosas, e fui levado até lá. Tinha uns 12 anos e aquele programa difundiu o meu nome. Fiquei conhecido. Podia ter ficado só nisso, mas fazer aquele programa mudou a minha vida.

Nos dias em que participava, minha irmã mais velha me deixava na emissora e ia para o trabalho. No final do expediente, ela me buscava. Enquanto perambulava pela rádio esperando por ela, pude ver algumas orquestras que passavam por lá.

Rafael Motta / Divulgação
Rufo Herrera e o maestro Rodrigo Toffolo durante ensaio da Orquestra Ouro Preto (foto: Rafael Motta / Divulgação)
"Garbero pegou o bandoneon, começou a se aquecer e tocou Bach. Nunca tinha escutado nada igual"

Certa vez, vi quatro bandoneons juntos. Numa sala. Era uma orquestra. E chegou Pedro Garbero. Ele pegou o bandoneon, começou a se aquecer e tocou Bach. Nunca tinha escutado nada igual. Não sabia quem era Bach. A minha cabeça ficou… Nossa, fiquei olhando, olhando, e, quando ele terminou, perguntei: “Como é que se toca isso?”. A mão fazendo uma melodia, enquanto a outra fazendo outra… Aquilo foi radical, porque descobri que teria que ler partitura. Estudar. Perguntei se ele dava aula. Daí, fui estudar com o Pedro Garbero. Eu tocava de ouvido, era totalmente natural, intuitivo. Mas ali comecei a estudar, passei a reconhecer como é difícil o instrumento. Estudava muitas horas por dia e já tinha um objetivo claro: entrar para uma orquestra típica profissional de tango. Com 15 anos, precisava pensar em ganhar a vida. Já fazia isso, mas o que recebia nos festivais e festas dava apenas para comprar o meu material de escola, o lanche, o sapato para ir à aula. Eu queria viver da música. Ser profissional.

Para conseguir isso tinha que me preparar e passar num teste para orquestra. Foi o que fiz. Estudei com o Pedro Garbero, fui aprovado no primeiro teste para a Orquestra Los Dados Rojos, de Vila do Rosário. E dali fui convidado para trabalhar com um maestro de nome nacional, em Córdoba. Toquei e gravei com esse grupo até os 21 anos.

"Para um jovem bandoneonista do interior ser contratado por Buenos Aires, era preciso ser o melhor"

Com 23 anos, fui contratado pela Argentinidade, em Buenos Aires – outra fase marcante da minha carreira. Deixei a música popular do tango para abraçar a erudita. Naquela época, para um jovem bandoneonista do interior ser contratado por Buenos Aires, era preciso ser o melhor. Lá era a terra do bandoneon. Aceitei o contrato: deixar a minha terra para me aperfeiçoar como profissional. A família já estava preocupada com essa vida de músico. Não era preconceito, mas preocupação com a saúde, porque a gente trabalhava de noite e viajava muito.

Não era de todo fora de questão uma outra profissão. Teria estudado arquitetura. O curso superior era uma aspiração, mas não seria nada fácil devido à condição da minha família. Em Buenos Aires, sonhava estudar com Alexandre Barletta, o primeiro concertista de bandoneon do mundo. Fui ouvi-lo e fiquei impressionado. Aquilo era outra coisa, outro bandoneon. Mas ele já construía a sua carreira na Europa e não podia me dar aula. Então, indicou-me outro professor: Marco Madrigal.

Estamos falando do final dos anos 1950. Veio a ditadura, que arrasou com tudo na Argentina: a política, a educação, a cultura… Em meus últimos três anos em Buenos Aires, estudei violoncelo, que também me fascinava. Enquanto me aperfeiçoava no bandoneon, aprendia violoncelo. No início da década de 1960, com muitos músicos desempregados, vi-me na seguinte situação: ou continuava músico e deixava o país, ou ficava na Argentina e abandonava a música.

Muitos jovens talentos já haviam deixado a Argentina. Foram para a França, para a Alemanha, só que o bandoneon nunca teve espaço na Europa. Nem na Alemanha, onde o instrumento foi inventado. Usavam o bandoneon como se fosse concertina. Atualmente, estão estudando seriamente o bandoneon na Europa e na Ásia. O Japão tem bons bandoneonistas.


Kika Antunes / Divulgação
Rufo Herrera e o grupo Quinto Temos, destaque da cena instrumental de BH (foto: Kika Antunes / Divulgação)
"Meu roteiro era chegar ao México e ficar por lá, onde havia escola superior de música"

Em Buenos Aires, Astor Piazzolla passava fome com o seu quinteto. Vendo isso, percebi que não havia a menor condição de ficar. Tive a ideia de ir para um país onde pudesse estudar composição. Além disso, queria estudar a cultura da América Latina. Queria me aprofundar na música instrumental latino-americana e na música indígena.

Meu roteiro era chegar ao México e ficar por lá, onde havia escola superior de música. Aí, formei um trio com bandoneon, violino, piano e um casal de bailarinos folclóricos. Saímos para o Chile, Peru, Equador, Venezuela e Bolívia. Ficávamos o tempo que dava… três, seis meses num país. Não pensava em voltar para a Argentina. Em La Paz, o casal decidiu voltar, eles tinham saudades dos filhos. O pianista era jovem e também fez o mesmo. Ficamos o violinista e eu – ele decidiu ficar em La Paz.

Queria seguir para estudar composição no México, mas não tinha dinheiro. Precisava trabalhar na Bolívia para juntar dinheiro e comprar a passagem. A rádio mais importante de La Paz precisava de um arranjador para um programa de auditório. Em dois meses, consegui o dinheiro para a passagem. Apareceu um produtor fonográfico boliviano atrás de um arranjador para gravar dois LPs e dois compactos. Na época, os melhores estúdios estavam no Brasil e no México. Na Argentina, era mais caro. Por fim, fui para São Paulo sem saber nada do Brasil. As únicas referências que tinha do país eram a revista O Cruzeiro, Villa-Lobos, Luiz Gonzaga e Ary Barroso.


"As únicas referências que tinha do Brasil eram a revista O Cruzeiro, Villa-Lobos, Luiz Gonzaga e Ary Barroso"

O produtor, o cantor, o compositor e eu viajamos de La Paz para São Paulo. Ficamos na Estação da Luz. Andei pela Ipiranga e pela Avenida São João para ir à Delegacia de Estrangeiros. Na Praça da República, tive uma intuição: “Vou ficar é aqui”. E fiquei fascinado: conheci o samba, o samba de verdade, maravilhoso. Telefone não tinha, a comunicação com a família era por meio de carta. O Brasil foi outra grande mudança na minha vida.

Os músicos envolvidos na gravação do disco na Bolívia me trataram muito bem. Eram da Orquestra Sinfônica de São Paulo. Teria um solo de bandoneon. Quando toquei, eles disseram: este cara tem que ficar aqui, não pode ir embora. Com uma semana, já tinha trabalho em São Paulo. Em 1964, pintou uma turnê pelo país inteiro. Nove meses viajando com a Orquestra Românticos do Caribe. E foi na estrada que ouvi a notícia do golpe militar. Cheguei ao Brasil e achei tudo uma beleza. Não passou um ano e vivi outra vez o pesadelo da ditadura. Mas estava decidido a ficar.

Só voltei a ver a minha família em 1968, quando faleceu o meu pai. Já estava construindo uma história no Brasil e queria estudar composição. Estudei com o maestro fagotista da Orquestra de São Paulo, Olivier Toni, que me ajudou muito. Na época, era muito difícil o acesso às partituras. Não tinha videoteca, musicoteca, nada. Comprava partitura a prestação. Ganhava 150 e pagava 60 por mês numa delas.

Kika Antunes / Divulgação
(foto: Kika Antunes / Divulgação)
"Respondi: ‘Piazzolla’. ‘Quem é  Piazzolla?’,  ele quis saber. Peguei o bandoneon  e mostrei pra ele"

Vivia como arranjador. Um produtor fonográfico do Conjunto Farroupilha, me via sempre na gravadora tocando, compondo. Ele me disse: “Vejo você aqui, continuamente trabalhando para os outros. Não tem interesse em gravar um disco seu?”. Expliquei que estava estudando composição, muito interessado em música erudita e não pensava em gravar.

Passou uma semana, ele voltou ao assunto e comentou que gravar não atrapalharia os meus estudos. Disse que seria bom, pois eu teria um registro. No final, para ver se ele desistia, disse: “Vou gravar, mas com uma condição. Você vai me deixar gravar o que quiser.” Ele perguntou: “O que você quer gravar?”. Respondi: “Piazzolla”. “Piazzolla? Quem é Piazzolla?”, quis saber. Peguei o bandoneon e mostrei. Ele ficou muito entusiasmado, mas viu que aquilo não era comercial. Pediu uma semana e veio com a contraproposta. A verdade é que o disco Tango de vanguarda e a milonga tradicional, de 1966, com seis músicas de Piazzolla e seis tangos tradicionais, foi um rebuliço entre os músicos e os intelectuais. Era a a origem e o futuro do tango. Para o público não rendeu nada (risos). Se você fizer uma pesquisa, talvez eu tenha sido o primeiro bandoneonista a gravar Piazzolla fora da Argentina. Em 1973, Piazzolla passou a ser um sucesso no Brasil.

"Ganhei 2,5 mil cruzeiros novos. Na noite,  ganhava 250 cruzeiros novos por mês. Então, me dei bolsa por 10 meses"

Em 1968, participei como compositor do meu primeiro festival de música contemporânea brasileira, na cidade paulista de São Caetano do Sul. A obra foi Oito variações sobre um tema pentatônico (indígena) para orquestra de cordas. No ano seguinte, fui premiado no Festival de Música da Guanabara. Ganhei um prêmio em dinheiro. A grana era boa, fiz o plano de não tocar mais na noite. Ganhei 2,5 mil cruzeiros novos. Na noite, ganhava 250 cruzeiros novos por mês. Então, me dei bolsa por 10 meses.

 Num concurso, conheci um grupo de compositores da Universidade Federal da Bahia. O líder era o Ernst Widmer, suíço radicado no Brasil, um grande mestre. Fui convidado por ele para participar do grupo de compositores e passei a morar e a dar aulas de composição na Bahia. Começa aí um outro ciclo, a minha história como compositor e educador. Em 1971, recebi outro prêmio num concurso do Instituto Goethe. Era uma peça para soprano e orquestra gravada por Maria Lúcia Godoy, que cantava Villa-Lobos. Essa obra correu o mundo na voz dela.

Em 1977, passei um ano no Rio de Janeiro, no Teatro Opinião, compondo e produzindo para a peça O último carro, de João das Neves. Com esse trabalho, ganhamos o prêmio de melhor trilha original da Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA. A partir de 1976, fui convidado para trabalhar com o Grupo Officina Multimedia. Desde 1978, sou radicado em Belo Horizonte.

MAIS SOBRE MÚSICA