Nome de ponta da novíssima cena do pop rock belo-horizontino, A Fase Rosa chega ao segundo CD consciente sobre a importância de entender e exaltar suas origens.
“Desde o primeiro disco, o nosso interesse é traduzir a brasilidade por meio de gêneros como samba, maracatu, pagode, axé e carimbó em constante diálogo com o mundo”, afirma o vocalista e guitarrista Thales Silva. Hoje à noite, ele sobe ao palco do Galpão Cultural Benfeitoria ao lado de Rafael José (guitarra e voz), Rodrigo Magalhães (baixo e voz) e Fernando “Feijão” Monteiro (bateria e voz) para apresentar parte do repertório inédito de 'Leveza' e canções do disco de estreia.
Thales Silva explica que o contato de todos os integrantes da banda é com a MPB. “No meu caso, é coisa mais de curioso, mas Rafael José fez dela o tema de sua monografia na faculdade de comunicação”, conta. Enquanto Thales pesquisa os movimentos da música brasileira por conta própria, Rodrigo Magalhães se debruça sobre ritmos do Norte, especialmente o carimbó.
Os rapazes curtem a MPB dos pontos de vista harmônico, melódico e poético. “A transição, o processo de decantação disso para outro lugar ocorre quando a gente vai montar as nossas músicas com uma energia mais roqueira”, esclarece Thales, lembrando que A Fase Rosa está mais para o pop-indie-rock, mas tomando a brasilidade por base.
No caso da poesia, predomina a temática urbano-social e a busca de explicações para o cotidiano. “O que passou ontem vai aparecer na minha letra”, diz Thales, chamando a atenção para o fato de a banda experimentar momento de criação mais coletivo em seu segundo disco.
Além de dividir vozes com Rodrigo Magalhães e Dudu Nicácio em 'Leveza', Thales tem parcerias com Paula Berbet ('Essa nega me falta!') e Rafael José ('Paraíba'). Paula assina 'Cheiro bom/Homenagem ao Tibet', e, sozinho, Thales Silva compôs 'Florzinha', 'Vadiar', 'Mãos unidas', 'A praia', 'Treasures and tragedies', 'BH-SP' e 'Guanabara', além da faixa título.
A FASE ROSA
Lançamento do disco 'Leveza'. Sexta, às 23h. Galpão Cultural Benfeitoria, Rua Sapucaí, 153, Centro. Ingressos: R$ 25. O CD será vendido por R$ 25. Classificação: 18 anos. A casa abre às 20h. Capacidade: 150 pessoas.