“Faz anos que voltei a escutar vinil”, conta Tatá Aeroplano. “Quando quero ouvir algo, vou atrás do CD ou do vinil. No caso do vinil, a gente tem contato físico, o encarte é bacana e, claro, o som tem corpo diferente. Não é a mesma coisa da música no computador. A indústria fonográfica mudou muito, mas essa experiência não se perderá. Muita gente pensa assim e está a fim de ter esse produto.”
O paulistano apresentará o repertório de seu recém-lançado segundo álbum solo, 'Na loucura & na lucidez', que no início de 2015 estará disponível também em vinil (os 500 bolachões estão sendo finalizados em uma fábrica na República Tcheca). “Torço para que o mercado daqui se desenvolva. Ainda é mais caro fazer isso no Brasil e os prazos não costumam ser cumpridos. Com pouco mais do que gasto para 300 cópias aqui, faço 500 lá”, avalia.
Desta vez, rock, psicodelismo e MPB foram as principais referências para as composições do artista. “Estava escutando muito Neil Young, Rodriguez e Leonardo Cohen, além de muita coisa contemporânea brasileira, como Hélio Flanders, Gustavo Galo e Juliano Gauche”, explica.
No caso do Somba, a paixão pelo vinil vai além. Seu terceiro disco, 'Homônino', foi gravado em estúdio completamente analógico, de onde se sai sem nem sequer um pendrive sequer. Na busca pelo que se costuma definir como “som quente”, o grupo de rock passou por rica experiência em termos de performance, já que não foi possível usar ferramentas digitais para corrigir pequenos erros ou embelezar os takes. A banda Angu Stereo Club vivenciou o mesmo para fazer a amálgama de jazz e blues de seu disco.
E mais
VITROLA – FESTIVAL DO VINIL
Shows de Somba, Angu Stereo Club e Tatá Aeroplano. Hoje, às 20h, no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna (Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras). Ingressos
a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (31) 3223-6756.