Tati Quebra-barraco anuncia o novo disco para as próximas semanas

Uma das pioneiras do funk carioca, artista produz novo trabalho enquanto vai montando a agenda de shows para correr o país

por Ana Clara Brant 25/11/2014 07:15

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Fábio Nunes/Divulgação
"Não sou dessas que estão acostumadas a pagar para aparecer nos lugares", Tati Quebra-Barraco (foto: Fábio Nunes/Divulgação)
Bem antes de Anitta estourar com o 'Show das poderosas' ou de Valesca Popozuda causar frisson com seu 'Beijinho no ombro', Tati Quebra-barraco já arrebatava multidões Brasil e até mundo afora com hits como 'Boladona' e os mais esculachados, tipo 'Sou feia mais tô na moda', 'Orgia', 'Dako é bom' e 'Frango assado'. Durante muitos anos, ela ostentou o título de “rainha do funk carioca”, ritmo que conhece desde a adolescência, quando frequentava, já aos 12 anos, os bailes na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Tati Quebra-barraco, que ficou afastada da mídia durante um tempo, sobretudo por ter sido mal assessorada, está de volta e com força total. Contratada da produtora Inovashow, o mesmo escritório que agencia a carreira de Thiaguinho e Péricles, ela acaba de finalizar seu mais novo álbum, que deve ser lançado mês que vem.

“Vou manter meu estilo debochado, mas também temos uma novidade: pela primeira vez conto com a participação de pessoas que não são ligadas ao funk, como o Péricles e a Hellen Caroline, que é do pagode. O som ficou bem diferente, mas bacana. O Mr. Catra também está no disco. Repertório é o que não falta”, avisa a cantora e compositora, que soma três CDs e um DVD, que abocanhou um disco de ouro pela venda superior a 25 mil cópias. “Nenhum MC conseguiu isso”, gaba-se.

Duas faixas desse trabalho ganharam clipes que também vão chegar ao mercado em breve – 'Se liberta' e 'Chama sem fim'. É a deixa para a artista comemorar a nova fase profissional. “Mesmo não aparecendo na TV e não tendo música tocada em rádios, não parei de trabalhar e de fazer shows”, resume. “Mas as coisas mudaram e tudo tem a sua hora. Passei por cada escritório ao longo da minha vida que você nem imagina… Mas há três meses estou de ‘casa’ nova e está valendo muito a pena. A cada dia melhora.”

BOLADONA Tatiana dos Santos Lourenço, seu nome de batismo, canta desde 1997. No entanto, sua carreira deslanchou pra valer a partir de 2006, quando 'Boladona' estourou e fez parte da trilha sonora da novela 'América', da Rede Globo. Naquela época, ela chegava a fazer em média 30 apresentações por mês, inclusive no exterior, e não se esquece de uma em particular, em um palácio em Berlim, na Alemanha. “Foi pra mídia local e foi um sucesso”, lembra. “Tenho fã em lugar que nunca fui. Meus shows sempre foram lotados.”

Com 35 anos de idade e 17 de carreira, ela comenta a atual fase do funk no Brasil e, sobretudo, as novas popozudas, preparadas e poderosas. “Ninguém me incomoda e eu não sou passageira. Cheguei bem antes desse povo e respeito todo mundo que veio antes de mim. Além do mais, não sou dessas que estão acostumadas a pagar para aparecer nos lugares… Graças a Deus, minha estrela sempre brilhou e tem espaço para todos. Mas o meu estilo, querendo ou não, acabou influenciando muita gente. Tem até quem me copia”, alfineta, sem citar nomes.

Mãe de três filhos e avó aos 29 anos – a artista engravidou a primeira vez com apenas 13 –, Tati garante que a mulher que mora no Bairro da Taquara, na Zona Oeste carioca, é bem diferente da que sobe no palco. “Sou brigona, tenho uma personalidade forte, mas não sou de ficar brigando 24 horas por dia, porque é perda de tempo. A Tati Quebra-barraco não deixa de ser uma personagem”, diz a cantora, que garante ter se submetido recentemente à sua última cirurgia plástica. “Fiz 26. Já está bom”, afirma.

NA TELINHA Além de estar envolvida com a rotina de shows e de lançamento de clipes e do novo CD, ainda sem nome, a cantora está garantida no novo programa do canal pago Fox Life, o 'Lucky ladies', um reality que vai mostrar o dia a dia de algumas funkeiras durante três meses. Pelo que tudo indica, Tati será a apresentadora e não há data ainda para ir ao ar.

Por falar em televisão, ela também está cotada para a próxima edição de 'A fazenda', prevista para o ano que vem, na Record. “Só entraria em um programa desses se tivesse a certeza de que iria ganhar. Eles pagam muito pouco por participação. Tem muita amolação, a gente tem que aturar coisa demais e eu sou de falar o que eu quero. Acho que não vale a pena”, conclui.

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