Septeto de Matheus Rodrigues faz show de lançamento de 'Do baião a Piazzolla'

No programa, músicas do compositor mineiro e do bandoneonista argentino Piazolla

por Eduardo Tristão Girão 16/10/2014 07:00

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Felipe Jacome/Divulgação
(foto: Felipe Jacome/Divulgação)
O título 'Do baião a Piazzolla', escolhido para o disco de estreia do Matheus Rodrigues Septeto, não é exagero. Nesta quinta-feira à noite, para poder interpretar de cabo a rabo o novo repertório no show de lançamento, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec, o artista mineiro levará para o palco praticamente os mesmos músicos que participaram da gravação do trabalho, quase todo instrumental. Isso inclui, além de instrumentistas de sopro, um rabequeiro, tudo aliado ao gosto dele pelo rock e o jazz.


“Sempre fui roqueiro. Aos poucos me interessei pelo jazz, também por causa do baixo acústico, um dos instrumentos que toco. Hoje, escuto muito jazz, música brasileira e Piazzolla, mas continuo ouvindo rock antigo, dos anos 1970. Esse disco é calcado no jazz brasileiro, mas com influencia de muitas coisas. A forma como eu solo tem a ver com rock, o guitarrista curte jazz fusion e, ao mesmo tempo, há a rabeca com aquele som rasgado e nordestino”, resume Matheus Rodrigues, que também toca guitarra.

Para o show de hoje, o artista terá a companhia de Mateus Espinha (bateria), Delson Guimarães (guitarra e baixo), Rodrigo Salvador (rabeca), Jonatha Max (trombone), Leo Barreto (sax) e Tiago Ramos (sax). A convidada especial da noite será a irmã dele, a cantora Isadora. Ele assina sozinho 10 das 13 faixas do disco, sendo as demais escritas com o pai, Daniel, e a irmã (que, a propósito, compôs uma sozinha).

O álbum foi gravado este ano, mas as músicas que o integram foram criadas a partir de 2006, época em que Matheus Rodrigues tocava com um bandoneonista. “Ele se mudou de BH e, como eu queria participar do Savassi Festival em 2010, montei um grupo maior. Ganhamos o prêmio de Novos Talentos do Jazz do evento e o grupo foi mantido. Aos poucos, fomos tirando os arranjos e colocando mais composições próprias, deixando as de Piazzolla, que têm mais a ver com a gente”, conta.

Plural Nascido na capital mineira, o artista gravou o disco este ano em seu próprio estúdio. Entre as composições próprias estão Baião à Bruna, Montanha, Oito, The kitchen, Prelúdio e Giga. “Parte dessas músicas compus na época em que era baixista, mas no grupo atual toco violão, guitarra e baixos elétrico e acústico”, completa. Ele também sabe tocar outros instrumentos, como flauta, saxofone, charango e ukulele.

Matheus Rodrigues iniciou seu caminho na música em 1991, como aluno da Fundação de Educação Artística, onde estudou por 10 anos. Formou-se em música pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), instituição da qual é professor há oito anos. Este ano, ampliou sua formação com mestrado em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Do Baião a Piazzolla
Show de lançamento do disco do Matehus Rodrigues Septeto. Nesta quinta-feira, às 20h30. Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil, Praça Sete, s/nº, Centro. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (31) 3201-5211.

 

Ao vivo
Matheus Rodrigues já participou de diversas bandas, criou trilhas para espetáculos de dança e tocou ao vivo durante exibições de filmes. Entre os grupos musicais que já integrou estão Blackbird, Elefante Groove e Grupo Falua. Atualmente, trabalha também acompanhando os cantores Camila de Ávila, Isadora Rodrigues e Sergio Di Napoli.

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