Jazz e samba inspiram disco lançado pelos músicos Breno Mendonça e Wagner Souza

Dupla segue o caminho trilhado por Toninho Horta, Juarez Moreira, Baden Powell e Johnny Alf

por Walter Sebastião 15/10/2014 07:49

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André Tanure/divulgação
O saxofonista Breno Mendonça valoriza harmonias, acordes e a improvisação da música mineira (foto: André Tanure/divulgação)
'Jazz sambô', disco do saxofonista Breno Mendonça e do trompetista Wagner Souza, remete ao gênero dos anos 1950, anterior à bossa nova, que articula a improvisação jazzística e o ritmo brasileiro. Marcante para toda uma geração, essa música tem como representantes o violonista e compositor Baden Powell e o cantor Johnny Alf.

“O resultado disso é a música que mostra um Brasil com concepção universal”, explica Breno, de 29 anos. Essa estética está em todas as faixas do CD – seja 'Toda silêncio', dele e de Carol Cerdeira, ou 'Naquela época', de Wagner Souza, passando por composições de ilustres homenageados: Juarez Moreira ('Carioca'), Beto Lopes e Murilo Antunes ('Nem nada') e Eneias Xavier ('Lisboa').

“Nosso disco é também o encontro de uma nova geração de instrumentistas e compositores, cujos artistas são referências para nós”, explica Breno. Em 1996, o saxofonista e Wagner Souza iniciaram estudos na Sociedade Euterpe Monte Castelo, em Juiz de Fora. Há seis anos, eles trocaram a terra natal por Belo Horizonte. “Queríamos tocar com instrumentistas que têm compromisso com a música de qualidade”, explica Breno.

No show desta noite, novos talentos subirão ao palco do Teatro Júlio Mackenzie, em BH – gente que vêm sendo elogiada por muita gente: Sammy Erick (guitarra), Marcos Abjaud (piano), Bruno Veloso (baixo acústico) e Gledson Vieira (bateria).

Uma referência tanto para Breno e Wagner quanto para a nova geração de instrumentistas é o jazz mineiro desenvolvido por Juarez Moreira e Toninho Horta, entre outros. Essa música, explica Breno, cultiva o gosto por harmonias, acordes, violões e “a sensação de frescor” trazida pela improvisação.

“Fazemos música que dialoga com o passado, mas é de vanguarda”, ressalta o saxofonista, explicando que não fala só dele, mas do trabalho de Felipe Continentino, Fernando Delgado, Pablo Passini, Frederico Heliodoro e Fred Silva, entre outros.

BE BOP
Jazz sambô sai pelo selo Be Bop. Em 2006, visando realizar trabalhos dedicados à música instrumental, Mauro Mendonça criou o estúdio e produtora Be Bop, responsável por um dos palcos no Savassi Festival, em BH. De 13 a 15 de novembro, Mendonça vai realizar o festival Jazz de Montanha, em Juiz de Fora. O selo lançou também os discos Na contramão (Breno Mendonça) e Lembrete (Carol Cerdeira). Entre os trabalhos previstos para 2015 estão CDs de Samy Erick e Gil Costa.

BRENO MENDONÇA E WAGNER SOUZA
Show de lançamento do disco 'Jazz sambô'. Nesta quarta-feira, às 19h30. Teatro Júlio Mackenzie do Sesc Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, (31) 3214-5350. Ingressos: R$ 10 ou doação de 1 kg de alimento não perecível para o Programa Mesa Brasil Sesc. Retirada de ingressos a partir das 17h30.

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