O prazer de cantar as músicas de Lupicínio Rodrigues (1914-1974) e a boa recepção ao projeto dedicado ao gaúcho levaram Arrigo Barnabé a se dedicar há mais de 20 anos à obra do autor dos clássicos 'Castigo' e 'Felicidade'. Nesta sexta-feira à noite, o cantor paranaense apresenta o show 'Caixa de ódio 2' em BH.
A dramaticidade dos textos de Lupicínio, acredita ele, não são propriamente a celebração do fracasso, mas carregam, de fato, “um triunfo sobre a desilusão”. Outros elementos importantes, embora pouco observados na obra do gaúcho, são a ironia e a inteligência. Ao cantar as relações afetivas, Lupi apresenta toda uma visão de mundo e da sociedade. Exemplo: composta bem antes da lei que pôs fim ao matrimônio, 'Divórcio' já reivindicava o direito à separação.
Outro elemento fundamental da obra de Lupicínio é a precisa integração entre letra e melodia. “Ele compunha cantando a letra, assobiando, solucionando a construção da música com os recursos melódicos que tinha na cabeça”, explica Arrigo, ressaltando que o autor de Nervos de aço não se valia de instrumentos musicais para compor.
A obra do gaúcho carrega referências a hinos (sagrados e profanos) e ao nativismo da cultura do Sul do Brasil, além da influência das músicas argentina, norte-americana e italiana. O primeiro contato de Arrigo com Lupicínio se deu por meio de um disco duplo de Jamelão dedicado ao compositor. “Eu ouvia e cantava junto, exagerando”, conta.
Lançado em 2011, 'Caixa de ódio 1' virou DVD, suporte que Arrigo considera propício para seu show – uma apresentação com elementos performáticos. “É cabaré”, resume. Hoje à noite, ele vai subir ao palco do Teatro Bradesco acompanhado de Paulo Braga (piano) e Sergio Espíndola (violão e baixolão).
CAIXA DE ÓDIO 2
Com Arrigo Barnabé. Nesta sexta-feira, às 21h. Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).
Além dos sucessos de Lupi – considerado o inventor do termo dor-de-cotovelo –, Arrigo mostra canções pouco conhecidas dele, como 'Loucuras', 'Aquele mulambo' e 'Eu é que não presto'. “Lupicínio era muito criativo, tem músicas boas de ouvir, desafiadoras”, observa, explicando que esse repertório oferece muitas possibilidades ao intérprete.
A dramaticidade dos textos de Lupicínio, acredita ele, não são propriamente a celebração do fracasso, mas carregam, de fato, “um triunfo sobre a desilusão”. Outros elementos importantes, embora pouco observados na obra do gaúcho, são a ironia e a inteligência. Ao cantar as relações afetivas, Lupi apresenta toda uma visão de mundo e da sociedade. Exemplo: composta bem antes da lei que pôs fim ao matrimônio, 'Divórcio' já reivindicava o direito à separação.
Outro elemento fundamental da obra de Lupicínio é a precisa integração entre letra e melodia. “Ele compunha cantando a letra, assobiando, solucionando a construção da música com os recursos melódicos que tinha na cabeça”, explica Arrigo, ressaltando que o autor de Nervos de aço não se valia de instrumentos musicais para compor.
A obra do gaúcho carrega referências a hinos (sagrados e profanos) e ao nativismo da cultura do Sul do Brasil, além da influência das músicas argentina, norte-americana e italiana. O primeiro contato de Arrigo com Lupicínio se deu por meio de um disco duplo de Jamelão dedicado ao compositor. “Eu ouvia e cantava junto, exagerando”, conta.
Lançado em 2011, 'Caixa de ódio 1' virou DVD, suporte que Arrigo considera propício para seu show – uma apresentação com elementos performáticos. “É cabaré”, resume. Hoje à noite, ele vai subir ao palco do Teatro Bradesco acompanhado de Paulo Braga (piano) e Sergio Espíndola (violão e baixolão).
CAIXA DE ÓDIO 2
Com Arrigo Barnabé. Nesta sexta-feira, às 21h. Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).