Sete anos sem lançar músicas inéditas, enquanto revia seu songbook em versões acústicas, na série de quatro CDs temáticos 'Close up', foram suficientes para Suzanne Vega afiar suas armas melódicas e poéticas. 'Tales from the real of the Queen of Pentacles', com 10 faixas e produção e arranjos do guitarrista irlandês Gerry Leonard (Bowie, Laurie Anderson, Rufus Wainright), traz de volta a cantora e compositora que surgiu, na década de 1980 com um folk urbano que travava cenas do cotidiano e personagens reais com letras de poesia certeira e instrumental quase nunca óbvio, apesar de muitas vezes simples.
Gravado em apenas oito dias, com participações tão diferentes como as do baixista Tony Levin (King Crimson) e da Orquestra de Câmara Smichov, de Praga, e do rapper 50 Cent (num sampler de 'Candy shop') o álbum parte da figura que dá título, uma das personagens do tarô, para tratar das coisas da matéria e do espírito e suas interseções. Ricos e pobres, gênios da lâmpada, a caixa de pandora, anjos e cavalheiros servem como avatares (ela foi a primeira artista a ter vida no mundo virtual second life) para suas ideias atemporais. Como a responsabilidade de só libertar o que você pode controlar em 'Don’t uncorck what you can’t contain'; a violência contra a criança, que já rendeu o clássico 'Luka (Song of the Stoic)' e a capacidade de definir destinos e caminhos em 'Horizon (There is a road)', dedicada ao checo Vaclav Havel.
Sem magias nem personagens de fantasia, a faixa com capacidade de se tornar um clássico instantâneo é a que tem a letra mais simples. 'I never wear white' pode ser cantada por todo mundo que prefere um pretinho básico às cores do mundo: “Nunca usei branco/ branco é para virgens/ crianças no verão/ noivas no parque.// Minha cor é o preto preto/ preto é para segredos/ foras-da-lei e dançarinos/ para o poeta da escuridão/ Preto é a verdade”. E por aí vai. Um ótimo exemplo de humor de Nova York a serviço do mundo.
Gravado em apenas oito dias, com participações tão diferentes como as do baixista Tony Levin (King Crimson) e da Orquestra de Câmara Smichov, de Praga, e do rapper 50 Cent (num sampler de 'Candy shop') o álbum parte da figura que dá título, uma das personagens do tarô, para tratar das coisas da matéria e do espírito e suas interseções. Ricos e pobres, gênios da lâmpada, a caixa de pandora, anjos e cavalheiros servem como avatares (ela foi a primeira artista a ter vida no mundo virtual second life) para suas ideias atemporais. Como a responsabilidade de só libertar o que você pode controlar em 'Don’t uncorck what you can’t contain'; a violência contra a criança, que já rendeu o clássico 'Luka (Song of the Stoic)' e a capacidade de definir destinos e caminhos em 'Horizon (There is a road)', dedicada ao checo Vaclav Havel.
Sem magias nem personagens de fantasia, a faixa com capacidade de se tornar um clássico instantâneo é a que tem a letra mais simples. 'I never wear white' pode ser cantada por todo mundo que prefere um pretinho básico às cores do mundo: “Nunca usei branco/ branco é para virgens/ crianças no verão/ noivas no parque.// Minha cor é o preto preto/ preto é para segredos/ foras-da-lei e dançarinos/ para o poeta da escuridão/ Preto é a verdade”. E por aí vai. Um ótimo exemplo de humor de Nova York a serviço do mundo.