Virada Cultural movimenta 400 mil pessoas em 24 horas de atrações na capital

Organização estima que segunda edição do evento alcançou o dobro de público em relação ao ano passado; atrações encantaram público que lotou ruas e praças da capital

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Marcos Vieira/EM/D.A Press
Show de Paula Fernandes simbolizou encerramento da Virada Cultural; cantora descreveu a oportunidade de cantar em evento aberto na Praça da Estação como uma "noite de emoções" (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
No Centro, na Savassi e em outros pontos da cidade foram 24 horas ininterruptas de música, teatro, dança, circo, projeções audiovisuais, literatura, artes plásticas, moda, gastronomia e esporte. A segunda edição da Virada Cultural de Belo Horizonte, iniciada às 19h de sábado, levou ao menos 400 mil pessoas às ruas, praças, museus e outros espaços da capital – gente de diversas idades, tribos e classes sociais.

 

Veja fotos do show de Paula Fernandes na Praça da Estação

 

Movimentados pela festa, endereços que costumam ficar vazios à noite e nos fins de semana mostraram ter vocação também para entretenimento e arte. Nem tudo, porém, foi motivo de alegria. No quarteirão fechado da Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, onde foi montado um palco, frequentadores deixaram muita sujeira pelo chão, em canteiros e fontes. Em outros locais, houve reclamações quanto à falta de banheiros químicos.

Para Simone Araújo, presidente da Fundação Municipal de Cultura, o ganho da segunda edição da Virada Cultural, foi, primeiro, o crescimento do público, que, segundo balanço preliminar da fundação, foi de 400 mil pessoas, o dobro do presente na edição de 2013. “Belo Horizonte abraçou a festa”, disse. “Foi muito bom ver as pessoas retomando a liberdade de caminhar a noite, indo para as ruas, saindo da caixinha para aproveitar o espaço público”, acrescentou.

No início da noite deste domingo, 31, cerca de oito mil pessoas foram à Praça da Estação, para ver o show da cantora e compositora Paula Fernandes. Ela pisou no palco às 18h, depois de alguns minutos de suspense. O que gerou coro, da linha de frente da plateia, repleta de jovens e adolescentes, que dizia: Paula, cadê você? Eu vim aqui só para te ver. De violão em punho, surgiu do fundo palco, levando as cerca de 8 mil pessoas ao delírio.

 

Abriu "Noite de emoções", como definiu o show, com 'Se o coração viajar' e 'Não fui eu', apresentadas com pegada rock and roll. O sertanejo só veio na terceira música, com 'Coração na contra-mão', regravação de música de Zezé di Carmargo e Luciano. Canção antecedida por projeção de fotos de família, evocação à batalha dela, desde criança, para ser cantora, com direito a exibição de pequeno vídeo caseiro interpretando sucessos da jovem guarda.

Mais cedo, na Praça da Liberdade, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, muitas famílias curtiram os músicos que se apresentaram em um palco armado na via margeada por palmeiras. Pessoas aproveitavam para tirar fotos em frente às fontes ou passear com seus cães. Crianças não davam descanso a pipoqueiros e vendedores de picolé e algodão doce. Mães e pais empurravam carinhos de bebê. “Vida longa à Virada Cultural”, disse o cantor e compositor Lô Borges em seu show. Em seguida, o mineiro, ajudado por um público empolgado, cantou clássicos de sua carreira, como 'O trem azul' e 'Paisagem da janela'. Na praça, alguns canteiros foram isolados com gradis para impedir que fossem degradados.

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Lô Borges fez uma das apresentações mais esperadas e celebrou:''vida longa à Virada Cultural'' (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O músico Daniel Neto, de 32 anos, fazia um piquenique acompanhado pela namorada, a publicitária Déborah Trindade, de 31. Sobre a toalha xadrez no gramado, também se sentaram uma amiga, Marcelle Cruz, de 31, que se definiu como “mãe em tempo integral” da pequena Alice, de 3, que estava comendo jujubas. “A gente já imaginava que aqui teria um perfil mais familiar, que daria apara trazer criança. Gostamos muito do Lô Borges. Estou achando excelente. A ideia é passar o dia todo aqui”, disse Daniel. Por volta das 11h30, enquanto músicos continuavam a usar o palco, crianças e pais se sentaram no chão ao lado do coreto da praça para ver e ouvir Pierre André, que descreveu seu ofício: “Contar histórias é fazer a imaginação voar, fazer de um minuto a eternidade”.


SAMBA

No sábado, uma das principais atrações foi o sambista Diogo Nogueira, que abriu as apresentações musicais do evento, às 19h, na Praça da Estação. Outro ponto alto na praça foi o espetáculo da companhia de circo paulista Picadeiro Aéreo. Dez integrantes do grupo fizeram performances de deixar o público vidrado, com destaque para os movimentos no tecido e no trapézio. Também na noite de sábado, no Parque Municipal, Toquinho se apresentou acompanhado pela Orquestra Sinfônica Arte Viva. 

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