Toninho Horta e o africano Bassekou Kouyate garantem noite em Ouro Preto

O show de Chick Corea, que estava marcado para sexta-feira, no festival Mimo, foi cancelado

por Eduardo Tristão Girão 31/08/2014 15:53

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Jair Amaral/EM/D.A Press
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O cancelamento do show do pianista norte-americano Chick Corea, atração principal do festival Mimo, frustrou o público que foi para Ouro Preto assisti-lo na sexta-feira, mas quem decidiu continuar na cidade para conferir o restante da apresentação, não se arrependeu. Além do show do guitarrista mineiro Toninho Horta, no mesmo dia, quatro ótimas apresentações contemplaram gêneros distintos na noite de ontem.

O ponto alto, sem dúvida, foi a vibrante performance do africano Bassekou Kouyate, que tocou na Praça Tiradentes com a banda Ngoni Ba, formada exclusivamente por sua família. Com improvisos no ngoni (instrumento de corda típico do seu país, o Mali), roupas coloridas e algumas palavras em português, cativou o público. Vale destacar o momento em que adaptou a clássica Asa branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, para a sonoridade do grupo.

Outro ponto alto foi a primorosa apresentação da violoncelista franco-americana Sonia Wieder-Atherton. Na bela Igreja de Nossa Senhora do Rosário, especialmente iluminada e preparada para a ocasião, ela apresentou tributo a Nina Simone. Os arranjos delicadíssimos tiveram a colaboração do percussionista Laurent Kraif (que em alguns momentos usou só as próprias mãos como instrumento) e do pianista Bruno Fontaine.

De volta a Praça Tiradentes, o clima era totalmente diferente. O público dançava ao som do jamaicano Winston McAnuff (ex-Inner Circle, banda do velho hit Sweat – A la la la la long), que agora conta como parceiro com o tecladista francês Fixi. Por fim, na Igreja de São Francisco de Assis, os suíços da orquestra Chaarts tocaram sem regente e quase todos de pé, surpreendendo quem está acostumado às formalidades do universo erudito.

O repórter viajou a convite do festival Mimo

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