Com Beto Jamaica e Compadre Washington, É o Tchan tem missão de encerrar o Axé Brasil em BH neste sábado

Retorno dos cantores originais à banda vai na contramão dos colegas de axé, que apostam em carreiras solo

por Helvécio Carlos 15/08/2014 10:34

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A 16ª edição do Axé Brasil, nesta sexta-feira e sábado, no Independência, será uma espécie de reestreia para algumas estrelas da música baiana que deixaram suas bandas de origem. No ano passado, Bell Marques desligou-se do Chiclete com Banana; Durval Lélys colocou o Asa de Águia em compasso de espera; e Alinne Rosa fará sua primeira apresentação solo em participação no show de Ivete Sangalo.

 

Leo Santana (Parangolé), Saulo, Tuca Fernandes, Tomate, Ivete e Claudia Leitte têm carreiras solo consolidadas. Em meio a tanta gente cantando sozinha, a grande expectativa do encerramento do Axé Brasil, no sábado, será a performance do É o Tchan, que retorna no formato quase original com dois cantores, Compadre Washington e Beto Jamaica, donos da marca, e duas bailarinas, Joyce Mattos e Elisângela Pereira.

Alex Dantas/Divulgação
Joyce Mattos, Compadre Washington, Beto Jamaica e Elisângela Pereira formam o novo É o Tchan (foto: Alex Dantas/Divulgação)
As novidades não param por aí. O festival também troca de endereço. Depois de muitos anos no Mineirão, retorna ao Independência, onde tudo começou, em 1999. Mudança gerada por questões financeiras, pois os custos de produção no estádio são maiores que os do Caldeirão do Horto. O mais divertido – pelo menos para quem acompanha o gênero – é a inclusão do É o Tchan para encerrar a festa. A banda volta com força total. “O sucesso não é repentino. Desde o momento em que decidimos retornar, há três anos, estamos fazendo as coisas com calma. Primeiro, resgatamos nosso público no Nordeste. Aos poucos, estamos seguindo para o Sudeste, Sul e Centro-Oeste. E é muito bom voltar a Belo Horizonte”, diz, animado, Compadre Washington.

No primeiro semestre, ele e Beto Jamaica estiveram duas vezes no Chalezinho, no Buritis. Sempre com casa cheia e o público cantando todas as canções. “Melhor ainda é retornar ao Axé Brasil”, acrescenta o baiano, que passou pelo festival no auge da carreira, em três edições: 1999, 2000 e 2002. A única reclamação dele é em relação ao pouco tempo que terão no palco amanhã.

 

“Em uma hora, não conseguimos mostrar todos os nossos sucessos. Se é difícil reunir o repertório em apenas um disco, imagine cantar tudo em 60 minutos”, diverte-se, lembrando que, mesmo assim, não vão deixar ninguém parado. “Depois da nossa volta, lançamos um CD e um DVD, gravados em Porto Seguro (BA), com músicas inéditas. Pelo menos uma delas, 'Sabe nada, inocente', está incluída no roteiro do Axé Brasil. Essa canção já está na ponta da língua dos fãs”, acredita. E garante que ela não pega carona no sucesso da campanha publicitária da qual é estrela.

Retornar aos holofotes sem nem sequer ter passado pelos grandes programas de televisão não soa como problema para o músico. “Construímos um alicerce bem-estruturado”, diz, mostrando que o sucesso veio de graça para uma banda com marcas recordes como a venda de 16 milhões de CDs. O baiano nega também brigas com as ex-colegas de palco e o parceiro Beto Jamaica. “Foram elas que sempre disseram que não voltariam por estar em outro momento”, revela, fazendo a linha paz e amor. “Foi Beto quem quis sair para a carreira solo. Vi que aquele era também o meu momento e sai para curtir minha família”. Compadre Washington teve seis mulheres e com elas 10 filhos. O mais velho tem 30 anos; o mais novo, 4. “Tenho pegada forte”, encerra o papo com uma gargalhada.

 

MELHOR QUE O ASA
Durval Lélys tem na ponta da língua a justificativa para deixar o Asa de Águia de lado, pelo menos por enquanto. “Como uma grande empresa, sentimos que era hora de reestruturação. Fechei a produtora do Asa com meu sócio Marcelo Brasileiro e, agora, tenho outra que cuida de minha carreira”, resume o músico, revelando certo cansaço com as obrigações de dono de banda. “Já estava sentindo necessidade de renovar meu trabalho”, acrescenta. Ele não tem medo de os fãs se incomodarem com a mudança. “Passei pelo Fortal, em Fortaleza, na semana passada, e o show estava melhor que o do Asa”, garante. Além dos sucessos, canções mais antigas estão sendo reeditadas para a alegria dos fãs.

 

AXÉ BRASIL
Sexta-feira, 15: Saulo, Durval Lélys, Tomate, Ivete, Leo Santana. Sábado, 16: Tuca Fernandes, Psirico, Bell Marques, Claudia Leitte, É o Tchan.

Arena Independência, Rua Pitangui, 3.230, Horto. Os portões serão abertos às 15h e os shows começam às 16h30. Ingressos: pista (classificação etária 14 anos): entre R$ 80 e R$ 220; espaço sub 17: R$ 100/dia e R$ 180/dois dias; espaço Skol universitário (classificação etária 18 anos): R$ 150 (hoje); R$ 140 (amanhã); passaporte para os dois dias: R$ 220; camarote Contigo open bar (classificação etária 18 anos): entre R$ 250 e R$ 470; camarote Um Brasil (classificação etária 18 anos): R$ 230 (hoje); R$ 190 (amanhã), passaporte para os dois dias R$ 470. Nos espaços em que a classificação etária é para 18 anos, os menores entram acompanhados pelo pai ou a mãe.

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