Casal de jornalistas lança o primeiro número da Revista do choro

Projeto começa com uma edição eletrônica na web. Versão impressa depende de viabilização econômica

por Ailton Magioli 26/07/2014 00:13

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Heitor Damaso/Divulgação
O grupo 'Época de Ouro' está na capa e em reportagem especial no primeiro número da revista (foto: Heitor Damaso/Divulgação)
Se em três dias de lançamento foram mais de mil assinaturas, a expectativa da equipe da Revista do choro (www.revistadochoro.com) é chegar a 15 mil em duas semanas de veiculação da publicação na web. Se tudo der certo, ela poderá ganhar em breve edição impressa do primeiro número, que tem os 50 anos do Conjunto Época de Ouro em destaque na capa e em reportagem especial.

A informação é da jornalista carioca Leonor Bianchi, que criou a publicação voltada para adeptos do chorinho e chorões ao lado do marido, Rubem Pereira, também jornalista e violonista. Não por acaso, Rubem criou, em 2006, em Macaé (RJ), o Festival Benedito Lacerda de Choro. Agora, ao lado da mulher, Rubem lança a Revista do choro, cuja redação funciona em Lumiar, distrito de Nova Friburgo.

NA INTERNET Apesar do retorno positivo que a publicação teve no meio eletrônico, o casal avalia a questão custo/benefício de fazer uma versão impressa. “A proposta é fazer pelo menos a edição de nº 1”, conta Leonor Bianchi, que, para não perder o clima de otimismo que domina a publicação, fez o lançamento como um site. Segundo a jornalista, a revista chega para preencher um vácuo, não um nicho de mercado.

“Trata-se de uma segmentação boa de se trabalhar”, justifica Leonor, que fez questão de empreender uma pesquisa no mercado sobre publicações do gênero e garante não ter encontrado nada on-line e muito menos impresso. “Daí os mais de mil pedidos de assinatura (a R$ 12) que recebemos em apenas três dias”, justifica a jornalista.

Com conteúdos abertos e exclusivos para assinantes, a Revista do choro tem colunas como “Instrumentos do choro”, que estreia com o músico Barão do Pandeiro, que tem relação familiar com o célebre João da Bahiana, e assinada por Luciano Hortêncio, que publica página com discografia do choro no YouTube.

“Contamos, também, com o apoio da gravadora Choro Music, de Daniel de la Rossa e Isabella Leite, com sede na Califórnia, que se tornou nossa parceira, além de correspondentes como Inês Henriques, que assina reportagem sobre a roda semanal de choro em Lisboa. Entre as entrevistas da primeira edição está também a da cavaquinista Luciana Rabello, casada com o violonista Maurício Carrilho, que dirige a Escola Portátil de Música e a gravadora Acari Records, no Rio de Janeiro.”

De olho no potencial de mercado, Leonor Bianchi diz ter recebido mensagem do violonista Alzier Vinícius, do bar Pedacinhos do Céu, de Belo Horizonte, especializado em choro. “A ideia é fazer uma roda no local para lançamento da revista”, anuncia a jornalista, que também busca parceria em Juiz de Fora, na Zona da Mata, para fazer o mesmo.

A edição impressa do primeiro número depende do fechamento mínimo de 500 cotas, que poderão ser adquiridas pelos interessados no site. A ideia é imprimir 28 páginas. Músicos como Alexandre Dias (piano), de Brasília, estão envolvidos na sugestão de pautas. “Vamos organizar lançamentos em clubes de choro de Londres, na Inglaterra, e em Tóquio, no Japão”, anuncia a jornalista, interessada em divulgar o gênero mundo afora.

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