Graveola, Iconili e outros mineiros figuram playlist de programa de rádio para europeus

Produção de novas playlists do programa Brasil Music Exchange foi motivada pela realização da Copa do Mundo. Objetivo é divulgar diversidade da música independente do Brasil

por AD Luna 25/06/2014 10:15

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Tamas Bodolay/Divulgação
A banda Graveola e o Lixo Polifonico foi uma das escolhidas para a playlist que traz artistas de BH, Brasília e Goiânia (foto: Tamas Bodolay/Divulgação)
Os artistas e bandas independentes de BH foram lembrados na nova playlist do programa Brasil Music Exchange, publicada na noite desta terça-feira. Direcionada ao público do Reino Unido, o principal objetivo da ação é divulgar a diversidade musical independente do Brasil. Motivada pela Copa do Mundo, a iniciativa partiu da associação BM&A – Brasil Música e Artes, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Cliqe aqui e ouça a playlist de Belo Horizonte, Brasília e Goiânia

Cada cidade-sede tem representantes musicais distribuídos em playlists que são disponibilizadas no Mixcloud (mixcloud.com/brazil), enviadas para 60 redes de rádios da Folded Wing - empresa inglesa também responsável pela produção de outros programas veiculados na França, Canadá, Estados Unidos e Japão. Desde maio, os programas têm sido veiculados em voos da companhia British Airways - que transporta cerca de um milhão de pessoas por mês.

Os representantes de Belo Horizonte foram inclusos no programa que ainda traz novidades de Brasília e Goiânia. Os escolhidos foram: A Fase Rosa, Dead Lover’s Twisted Heart, Iconili, Graveola e o Lixo Polifônico, Porcas Borboletas, Flávio Renegado, Érika Machado e Victor Magalhães.

“Procuramos projetar artistas emergentes que, a nosso ver, estão fazendo música genuinamente inovadora. Além de também apresentar aqueles mais estabilizados na cena independente”, explica a inglesa Jody Gillet. Além de fazer a locução, ela cuida da programação do Brasil Music Exchange. A radialista está há 15 anos trabalhando com música independente mundial e edita o conteúdo musical da revista e site Mondomix, da França.

Segundo Jody, a pesquisa pelos músicos se dá em blogs de música, na imprensa local, em coletivos artísticos. “Quando encontramos algo especial, que pensamos ser atraente para nossos ouvintes, nós tocamos”, aponta. Além da execução das músicas, o conteúdo do programa inclui comentários dela sobre as bandas e cantores e até entrevistas.

Micky Curling/Divulgação
A radialista inglesa Jody Gillet (foto: Micky Curling/Divulgação)
Para o gerente de Relações Internacionais do Brasil Music Exchange, David McLoughin, mesmo com as inúmeras possibilidades de se descobrir música nos dias atuais, o veículo rádio ainda é bastante influente e continua a inspirar pessoas em todo o globo. “E como o Reino Unido é ainda hoje a grande referência em rádio, decidimos produzir o programa lá”, complementa.

A situação é paradoxal, muitos dos músicos que aparecem nas playlists do Brasil Music Exchange não têm lá grandes espaços nas rádios comerciais do país. Sem falar que o grande público, em geral, prefere ouvir outros artistas. Uma coisa estaria ligada à outra? Para Jody Gillet, artistas independentes de todo o mundo enfrentam problemas semelhantes. Sobre a acolhida aos independentes brasileiros, ela diz que a rapper curitibana Karol Conká vem conquistando ótimos espaços, a exemplo da BBC 6Music. "Isto é uma quebra de barreiras sem precedentes", reforça.

Artistas e selos brasileiros que desejam participar poderão enviar links de serviços como o SoundCloud para o email radio@bma.org.br .

Dicas de Jody Gillet para artistas brasileiros que queiram desenvolver carreira internacional

//Em primeiro lugar, foque em sua carreira no Brasil. Na maior parte das vezes, músicos ganham atenção internacional porque trabalharam duro em casa.

//É importante tocar a música que se quer fazer e não tentar adaptá-la para uma audiência internacional.

//Ajuda ter material em inglês disponível na internet

//Mas não usem o Google Tradutor para escrever releases. É bom que eles sejam traduzidos por um ser humano!

//Considere participar de eventos como o Porto Musical e a WOMEX, onde os agentes internacionais procuram novos artistas

//Torne-se um artista associado da BM&A

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