“É sempre bom retornar a BH, pela importância vital que a cidade tem na nossa carreira”, diz Sady. São 28 anos de carreira e cerca de 90 shows por ano, com 16 discos lançados. Mas engana-se quem pensa que o público nas apresentações da banda é formado totalmente por pessoas acima dos 40 anos. “Nosso público tem se diversificado”, informa Sady. “Normalmente, na frente, bem perto do palco, fica o pessoal mais novo; depois a turma de 25 a 30 anos; e lá trás os que estão na faixa dos 40. É muito interessante e muito gratificante, porque a gurizada está descobrindo nosso som, gostando e frequentando os shows.”
Ano passado, o Nenhum de Nós esteve em BH, na mesma casa. Mas o baterista garante que a apresentação será diferente. “Mesmo que o nome da turnê do CD/DVD Contos acústicos de água e fogo induza a pensar assim, o show com o qual estamos rodando o país tem guitarras e teclados, além de momentos dedicados a violões e acordeon. Certamente não será igual ao que apresentamos ano passado na Granfinos”, promete, deixando no ar que vem novidade por aí. “Até o fim do ano estaremos gravando material novo, dentro se um projeto que iremos divulgar em breve.”
AFINIDADES
As origens do Nenhum de Nós remontam a 1986. O sucesso não demorou a chegar, primeiro abrindo para o DeFalla, de Edu K. Assinaram com a BMG Ariola e gravaram seu primeiro álbum, lançado em 1987 e que vendeu 30.000 cópias. O disco era puxado pelo hit Camila, Camila. Outro sucesso dos primeiros anos, Astronauta de mármore estava no segundo álbum, Cardume (1989). Os anos foram se passando e a banda conquistou público fiel, inclusive em Belo Horizonte. Dando um salto no tempo, Contos de água e fogo chegou ao mercado em 2011, rompendo um hiato de seis anos sem novas composições. Hoje, com mais peso e menos cabelo, eles continuam fazendo as pedras rolarem.
NENHUM DE NÓS
Domingo, à meia-noite, no Granfinos (Avenida Brasil, 326, Santa Efigênia). Ingressos entre R$ 40 e R$ 80. Informações: (31) 3241-1482.