Trombonista Raul de Souza toca neste sábado em Santa Efigênia

Show na Praça Floriano Peixoto integra a programação da série BH Instrumental

por Eduardo Tristão Girão 16/05/2014 06:00

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Carlos Barretta/Divulgação
Raul de Souza está comemorando 60 anos de carreira com o lançamento do álbum 'Voilá!' (foto: Carlos Barretta/Divulgação )
“Ainda falta muita coisa para fazer. Voltarei a tocar saxofone, por exemplo, que não pego há uns 15 anos”, anuncia o trombonista carioca Raul de Souza. Lenda do instrumento, ele vai completar 80 anos de idade só em agosto, mas já entrou no clima das comemorações de seus 60 anos de carreira. Bastante animado com o repertório de seu recém-lançado disco, 'Voilá!', ele retorna a Belo Horizonte para show na Praça Floriano Peixoto, em Santa Efigênia, neste sábado à noite. A apresentação integra a série BH Instrumental.

“Nesse novo trabalho, a concepção é diferente, as composições são novas. A maioria delas foi escrita por mim e pelo guitarrista Mário Conde”, conta Raul de Souza. No palco, ele será acompanhado por Conde (que também toca cavaquinho), Fábio Torres (teclados), Glauco Sölter (baixo) e Serginho Machado (bateria). Esse é o grupo com o qual ele tem mais tocado nos últimos anos. O repertório inclui músicas de Tom Jobim ('Ela é carioca') e Nelson Cavaquinho ('A flor e o espinho').

O instrumentista tem carreira consolidada não apenas no Brasil, onde tocou com nomes como Pixinguinha, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. Lá fora, chegou a dividir o palco com gente do quilate de Sonny Rollins, George Duke, Freddie Hubbard e Cannonball Adderley, além dos “exilados” Sergio Mendes e Airto Moreira. Morou por 16 anos nos Estados Unidos e atualmente se divide entre o sudoeste da França e São Paulo.

“Já dei muito ao trombone e continuo fazendo isso. Tenho vários seguidores pelo mundo e no Brasil, nem se fala. Eu trouxe uma nova maneira de improvisar, de tocar a melodia. Foi por isso que venci todas as barreiras, inclusive o racismo”, afirma. Numa discografia composta por 21 títulos, uma das características que mais chamam a atenção do ouvinte é o fraseado cheio de suingue. O artista desenvolveu, ainda, um trombone específico para suas performances, batizado de “souzabone”.

ATRAÇÕES O show de Raul de Souza terá abertura às 19h, com o grupo Choro Nosso, formado por Marcela Nunes (flauta), Renato Muringa (bandolim e cavaquinho), Agostinho Paolucci (violão de sete cordas) e Daniel Guedes (pandeiro), e com o baterista Felipe Continentino e banda (20h). Até o fim do ano, as demais edições da série BH Instrumental terão outras atrações locais selecionadas para os shows de abertura.


BH INSTRUMENTAL
Show de Raul de Souza e grupo. Sábado, a partir das 19h, na Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia). Informações: (31) 3222-5271. Entrada franca.

MAIS SOBRE MÚSICA