“Essa formação de coral de trombones não é comum em vários países. Além do mais, é o instrumento que mais se assemelha à voz humana. A pessoa pode até não gostar do som, mas não há como negar que é algo exótico”, afirma Marcos Flávio Aguiar Freitas, trombonista, coordenador e regente do grupo. No total, são 19 trombones (quatro baixos e 15 tenores) e uma tuba - este último instrumento é o responsável pelos sons mais graves da formação, ao lado dos trombones baixos.
No repertório, explica, estão temas de compositores como Ernesto Nazareth ('Odeon'), Joaquim Calado ('Flor amorosa'), Waldir Azevedo ('Brasileirinho') e Adoniran Barbosa ('Trem das onze'). Frequentemente, o coral busca temas para orientar suas apresentações e as colaborações com variados arranjadores são frequentes (Gilson Silva e Gilberto Gagliardi são alguns deles). A apresentação tem duração de aproximadamente uma hora.
Também estarão no palco do Conservatório UFMG instrumentistas do Clube do Choro de Betim, representado por Dudu Braga (cavaquinho), Ramon Braga (pandeiro) e Clei Machado (violão). Em breve, adianta Freitas, o coral gravará disco para registrar alguns dos arranjos aos quais vem se dedicando nos últimos anos. As próximas apresentações do grupo são dia 30 (Escola de Música da UFMG) e, mês que vem, dias 5 (Centro Cultural da UFMG) e 12 (Projeto Cariúnas) – todas gratuitas.
Trombones que choram
Apresentação do Coral de Trombones e Tubas da UFMG. Hoje, às 20h. Conservatório UFMG, Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda a partir das 19h. Informações: (31) 3409-8300.
Saiba mais
Contação de história
As apresentações do projeto são sempre dedicadas a um compositor ou tema e apresentadas por Beatriz Myrrha, que conta um pouco da história de cada homenageado e do artista que está no palco. Musicista com passagem pelas escolas de música da Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade do Estado de Minas Gerais, ela também é contadora de histórias, atriz e professora.