Nando Reis lança, com show, DVD gravado em Belo Horizonte

Cantor se apresenta neste sábado no Chevrolet Hall

por Walter Sebastião 04/04/2014 06:00

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Bruno Trindade/divulgação
(foto: Bruno Trindade/divulgação)
O show que Nando Reis traz sábado à capital tem nome curioso: 'Sei como foi em BH'. No segundo semestre de 2013, o projeto surgiu inesperadamente em Minas, onde ele veio tocar parte do repertório que apresentaria no Rock in Rio. Naquele momento, Nando curtia o que chama de banda ampliada: sua companheira Os Infernais se juntara ao trio de metais americano The Freaky Boys, com o reforço de Leo Leobons (tumbadoras) e de Hannah e Gil (backing vocal).

Na base do entusiasmo e da paixão, a produção daquele show mineiro foi articulada em cinco dias. Resultado: 11 pessoas operando as 11 câmaras montadas numa tarde de ensaio em Belo Horizonte. “As imagens contidas nesse DVD são puramente documentais, um registro da apresentação. Não há nada que tenha sido gravado antes ou depois do show. Lá estão todos os erros e acertos, imprevistos e improvisos”, revela o cantor e compositor.

Nando gostou do resultado. Um pouco mais tarde, ele decidiu entrar em estúdio para registrar os mesmos arranjos, “mas com um grau de controle maior do som”. A trupe instalou o equipamento ali mesmo e tocou parte do show ao vivo, sem plateia. “Era o primeiro disco dos Infernais com metais em todas as faixas. Não há nada inédito, a não ser o som”, enfatiza o compositor. Agora, o projeto chega ao palco com um trio brasileiro substituindo o Freakyboys.

“Gosto da crueza do DVD, o registro quase pirado de um show excepcional – raro, bem tocado e bem preparado –, pois estávamos a caminho do Rock in Rio”, conta Reis. Ele erra letras, parece inseguro ao cantar outras ainda não decoradas. Isso trouxe verdade ao disco, acredita Nando. “Foi decisão minha fazer o que queria: oferecer aos fãs um show que não pode ser levado ao vivo”, explica.

'Sei como foi em BH' é o quarto DVD de Nando Reis. Ele ficou feliz com esses trabalhos, mas confessa: “Gosto mesmo é de fazer disco. Lamento a ideia de que o produto se tornou obsoleto. Um grupo de canções reunidas num disco cria discussão interna sobre o significado do conjunto, o que é muito diferente de ouvi-las de forma avulsa”, argumenta. Ele usa Gilberto Gil como exemplo: “São extraordinários os contrastes, as tensões e os diálogos entre 'Pipoca moderna', 'Back in Bahia' e 'Canto da ema', as três primeiras faixas do álbum 'Expresso 2222'”.

Nando Reis lançou 10 discos solo – o primeiro é '12 de janeiro' (1994). Para quem tem 51 anos e 23 de carreira está bom, afirma. Amanhã à noite, ele subirá ao palco do Chevrolet Hall acompanhado de Felipe Cambraia (baixo e vocal), Diogo Gameiro (bateria e vocal), Alex Veley (teclados e vocal), Walter Villaça (guitarra e vocal), Gil Miranda e Hannah Lima (backing vocal) e Leo Leobons (congas).

NANDO REIS E OS INFERNAIS

Chevrolet Hall. Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, (31) 3209-8989. Lançamento do CD 'Sei' e do DVD 'Sei como foi em BH'. Sábado, às 22h. Inteira: R$ 80 (1º lote), R$ 100 (2º lote) e R$ 120 (3º lote).

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