Apenas com voz e percussão, os dois passearão por repertório que inclui Cara de índio (Djavan), Cio da terra (Chico Buarque e Milton Nascimento), Cego com cego (Tom Zé e Zé Miguel Wisnik) e algumas canções escritas pela artista, como Cósmica e Ogum de frente. Predominam os temas de domínio público com intervenção dela e de terceiros, a exemplo de Saudação aos orixás, Mandei caiar o meu sobrado e Eu sou bem pequenininho.
Mês passado, a artista mudou-se para São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro (região Central do estado), com o marido, o fotógrafo Marcelo Oliveira, e o filho Francisco, de 12 anos. O objetivo é adotar estilo de vida mais simples e tranquilo, o que não a afastará da música, garante a cantora. No momento, ela prepara lançamento de seu primeiro livro de poemas e, apesar de ter muitas músicas prontas para gravar, não pensar, em lançar disco por agora.
“É complicado arranjar dinheiro para isso. Não paramos de desejar coisas e para botar tudo isso em prática, haja plataforma. Se as condições chegarem de forma leve, será lindo. Do contrário, prefiro dar aulas ou voltar a estudar. Isso não é uma reclamação, mas uma conclusão feliz. Apenas quero fazer outras coisas além da música”, observa ela, que tem quatro álbuns na carreira.