Seis anos depois que o tecladista Fábio Fonseca construiu um estúdio para gravar o excepcional álbum Opus samba, dedicado aos tecladistas brasileiros, outro músico brasileiro funde samba e jazz num ótimo disco feito em casa. O baterista Tuto Ferraz, conhecido por quem é do ramo como membro da Grooveria, banda de São Paulo responsável por suingadas versões de clássicos brasileiros, lança À deriva, seu primeiro disco de jazz.
Simples e rico como as melhores ideias, À deriva, ao contrário do título (que curiosamente não está na capa, a não ser no texto da contracapa), é nau que segue rumo certo, com leme firme e ideias claras como um bom mapa naval.
A fusão de estilos e gêneros está clara desde o nome do grupo que ele formou para o álbum, Funky Jazz Machine. A inspiração vem da mistura da Funk Machine de James Brown com a Jazz Machine do baterista de jazz Elvin Jones. A escalação inclui um parceiro antigo, o tecladista Pepe Cisneros, mais a guitarra de Agenor de Lorenzi, os sopros de Josué dos Santos e o baixo de Sidiel Vieira.
Simples e rico como as melhores ideias, À deriva, ao contrário do título (que curiosamente não está na capa, a não ser no texto da contracapa), é nau que segue rumo certo, com leme firme e ideias claras como um bom mapa naval.