Mineiro Gleison Túlio está perto de finalizar disco produzido por Emmerson Nogueira

Para gravar 'Volume one man band', o cantor e compositor teve a ajuda de músicos integrantes de bandas como Pato Fu e Sepultura

por Eduardo Tristão Girão 18/12/2013 08:20

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Liliane Barroso/Divulgação
Segundo Gleison Túlio, seu álbum é basicamente pop rock com uma ''pitadinha'' de indie rock (foto: Liliane Barroso/Divulgação )
Quem já viu o cantor e instrumentista Gleison Túlio no palco não duvida da segurança dele para realizar seu show de um homem só, tirando do violão eletroacústico os sons mais improváveis e virando ao avesso hits do rock e pop. Entretanto, o mineiro de Pedro Leopoldo confessa: “Estou tenso pra caramba”. A razão disso chama-se (provisoriamente) 'Volume one man band', disco que está em fase de finalização e marcará sua estreia fora da cena independente, impulsionada com a ajuda do cantor e violonista Emmerson Nogueira.


“Será a primeira vez que mostrarei minhas composições”, completa Gleison, de 36 anos. Produzido por Nogueira e Nando Costa, o álbum começou a ser gravado no fim do ano passado na cidade mineira de São João Nepomuceno. Das 13 faixas, 10 são do artista, escritas nos últimos três anos, sozinho ou em parceria. O repertório é completado por duas composições do amigo André Miglio (vocalista da banda Falcatrua) e a regravação de 'Você não serve pra mim', de Renato Barros.


O som, define Gleison, é pop rock com uma “pitadinha” de indie rock. “São músicas diferentes umas das outras, mas que podem ser chamadas de pop rock”, acrescenta. “É um disco de canções, para ouvir. Há algumas faixas apoteóticas, com melodia forte, mas não são para dançar. O disco será aberto com uma baladona em inglês. Já a música de que o André participa, por exemplo, é indie rock pesadão. É um trabalho diferente do que faço ao vivo. Fazer tudo no violão não faria bem para as canções nem seria bom em termos de mercado.”


A expressão 'one man band' (banda de um homem só) foi escolhida, no entanto, porque foi Gleison quem gravou não só violão, mas também bateria, baixo, guitarra e gaita. Mesmo assim, teve participações de outros músicos, como o próprio Emmerson Nogueira (violão, baixo e backing vocal), os guitarristas John Ulhôa (Pato Fu) e Andreas Kisser (Sepultura), o baterista Cadu (ex-Strike), o vocalista Landau e a noiva de Gleison, a cantora Keilla Jovi.


A contribuição de Nogueira para a evolução do trabalho de Gleison Túlio tem sido imensa. Os dois se conheceram em 2005 e desde 2008 Gleison é reponsável por abrir os shows do colega pelo Brasil. “O Emmerson é um grande músico, um grande produtor. Estou sempre aprendendo”, elogia Gleison. “Tenho tocado para duas, três, 10 mil pessoas que nunca me viram. É importante para que conheçam o meu trabalho e fica muito mais fácil a gente bater na porta das gravadoras com a indicação dele.”

Planos

O disco será lançado pelo selo Versão Acústica, de Nogueira, e terá distribuição pela Sony, mesmo esquema pelo qual chegaram ao mercado duas bandas de pop rock selecionadas por ele. No caso do álbum de Gleison, o público poderá optar entre CD, LP e download pelo iTunes. “Continuarei fazendo meus shows cover, inserindo aos poucos minhas músicas neles”, adianta o artista, que tem feito shows solo mais por Minas Gerais, mas este ano tocou em dois eventos dedicados aos Beatles, na França e Finlândia.


“Estou nessa fase de transição. Meu sonho é ter meu trabalho reconhecido nacionalmente. Meu nome é conhecido no meio musical, mas o público ainda não me conhece. Quero pagar minhas contas em dia, comprar meu sítio e ter capital para lançar meus discos quando der na cabeça. Não quero ser popstar, embora seja hipocrisia dizer que não quero fazer sucesso”, argumenta Gleison. Apesar de já ter se apresentado várias vezes em BH e ter integrado bandas como Somba, ele nunca saiu de Pedro Leopoldo.


Gleison já gravou músicas para novelas da Globo e imagina ter perdido boas oportunidades profissionais por continuar morando no interior, mas nunca gostou de cidade grande e sempre quis ficar perto das duas filhas. Estudou na mesma escola de tantos outros músicos brasileiros, a da noite. “A desvantagem é que perdi muito da minha voz por não ter técnica. Por outro lado, aprendi muito por ter de tocar de tudo. Para sobreviver de música é preciso tocar muito e perdi noites de sono tocando quatro, cinco horas por noite”, contabiliza.


Mesmo com os pés no chão e colocando a família em primeiro lugar, Gleison Túlio quer mais. Ainda sonha em emplacar outro projeto, chamado Powertrio, que mantém com Glauco Mendes (baterista do Tianastácia) e Danilo Guimarães (baixista do Falcatrua) para misturar rock, música eletrônica e letras em inglês. O grupo já foi convidado para abrir shows do Jota Quest.

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