Jennifer Souza lança trabalho solo no Cento e Quatro

'Impossível breve' vagueia entre o jazz e o folk. Vocalista do Transmissor mostra o trabalho autoral na noite dessa sexta

por Carolina Braga 08/11/2013 10:53

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Wal Moraes/Divulgação
(foto: Wal Moraes/Divulgação)
A voz dela é rouca. As melodias são delicadas. Mas quando fala sobre 'Impossível breve', a cantautora Jennifer Souza exibe segurança e objetividade que em nada lembram a suavidade registrada nas canções de seu primeiro álbum. A vocalista da Banda Transmissor lança nesta sexta-feira o resultado do primeiro voo solo no Cento e Quatro. “Vai ser uma coisa meio festa porque é a celebração de um ciclo que se encerra”, diz.


Foram dois anos pensando cada detalhe. Ou melhor, mais que isso. Desde 2006, quando de fato começou a se descobrir compositora, acumulava canções. Era esse o propósito do grupo: ser um coletivo de artistas que além de intérpretes, também encontrassem ali espaço para mostrar o lado compositor. Todo mundo compunha e, no caso de Jennifer, aquelas que não se adequavam ao repertório da Transmissor, acabavam guardadas. “Depois, consegui observar que elas dialogavam, formavam uma obra. Aí resolvi gravar”, conta. A versão digital do disco está na roda desde julho, quando ela fez uma pré-estreia durante o Savassi Festival.

O show de lançamento oficial da versão física do CD será no segundo andar do centro cultural. Em meio a mesas e sofás, Jennifer convida o público a chegar bem perto para ouvir canções que, como ela gosta de apresentar, “falam de coisas que talvez sejam comuns para muitas pessoas”. Não só em sonoridade, mas em temática 'Impossível breve' é mesmo muito diferente de tudo do que até então ouvimos na voz dela. “É um disco que compus em momentos muito sinceros, uma necessidade urgente de desabafo”, diz.

Assim como na gravação, Jennifer estará acompanhada de um sexteto: Frederico Heliodoro (baixo), Felipe Continentino (bateria), Henrique Matheus (guitarra), João Machala (trombone), Jonas Vitor (sax) e Marcos Abjaud (piano). São nove canções com referências que vão do jazz ao folk.

A criação dos arranjos foi feita em parceria com Frederico Heliodoro e Felipe Continentino. A ideia, desde o início, era deixar que a criação surgisse de um fluxo natural. Nada de coisas muito planejadas para serem milimetricamente executadas. Foi aí que o nome de Fred e Continentino surgiram com força. Apontados como profissionais promissores da cena instrumental de Belo Horizonte, eles levaram para o trabalho de Jennifer os improvisos do jazz. Segundo ela, tudo surgiu de um jeito natural. “As músicas não têm dobradura de instrumentos. O show será o que está no disco”, adianta. Fábio Góes, que participa dos vocais da faixa 'Pedro & Lis' será o convidado especial da estreia.

Todas as músicas e melodias são dela, porém em quatro faixas Jennifer tem como parceiros letristas Artênios Daniel, Ludmila Fonseca e Flávia Mafra. Para Jennifer, a experiência solo traz novos desafios à carreira. “Dentro de um coletivo você fica mais protegida. Agora sou eu, minhas músicas, minha mensagem”, diz.

NO FORNO
Está previsto para depois do carnaval o lançamento do terceiro disco da banda Transmissor. Como Jennifer Souza adianta, o material está gravado, a ponto de ser masterizado.

JENNIFER SOUZA
Show nesta sexta-feira, às 22h. Espaço Cento e Quatro, Praça Rui Barbosa, 104, Centro, (31) 3222-6457. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

MAIS SOBRE MÚSICA