'Elvis Presley in Concert' simula presença do astro neste sábado, no Mineirinho

Músicos que tocaram com Elvis participam da apresentação. Repertório foi tirado de grandes concertos da década de 1970 do Rei do Rock

por Mariana Peixoto 18/10/2013 08:57

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PAULO MAD JAROF/divulgação
(foto: PAULO MAD JAROF/divulgação)
Elvis não morreu. Com uma mãozinha da tecnologia, está vivo e chutando. Ou melhor, colocando o vozeirão à prova 36 anos depois do fatídico 16 de agosto de 1977, quando seu corpo foi encontrado em sua mansão em Graceland. Ainda que a ideia seja um tanto discutível – colocar o Rei do Rock em imensos telões “cantando” com sua banda – a execução é tão bem realizada que acaba convencendo. É o que garante Joe Guercio, maestro que comandou todos os shows de Elvis de 1970 até 1977, que chega amanhã a Belo Horizonte para apresentar 'Elvis Presley in concert' no Mineirinho. Show criado em 1997, para marcar as duas décadas sem o rei, teve um público de 50 mil pessoas em 2012 no Brasil, quando foi apresentado em algumas capitais. Voltou esse ano, para novas cidades.

Guercio está à frente de uma banda de 16 músicos – boa parte deles esteve ao lado de Elvis em sua última década de vida. À exceção da voz, claro, todos tocarão ao vivo. O repertório foi tirado de shows e especiais para TV como 'Elvis 68 comeback special', 'Elvis, that’s the way it is' (1970), 'Elvis on tour' (1972) e 'Elvis: Aloha from Hawaii' (1973): 'Always on my mind', 'Suspicious minds', 'Hound dog', 'Are you lonesome tonight?', entre várias outras. “Com as grandes imagens, depois de alguns minutos você realmente sente que ele está presente”, afirma ele.

ELVIS PRESLEY IN CONCERT
Sábado, às 20h, no Mineirinho, Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.001, Pampulha. Ingressos: Super premium A: (2º lote) R$ 500; premium A: R$ 250; premium B: R$ 200; premium C: R$ 150; cadeira especial (2º lote): R$ 125; arquibancada e portadores de necessidades especiais: (3º lote) R$ 90. Valores com 50% de desconto para estudantes, professores da rede pública, maiores de 60 anos, clientes Ourocap, bombeiros, policiais e militares. Classificação:
12 anos. Informações: ingressorapido.com.br.

Três perguntas para...

JOE GUERCIO - MÚSICO

A qualidade das gravações foi o que definiu o repertório de Elvis in concert?

Tanto a qualidade, que é realmente muito boa, como o figurino, já que é bem diferente, com jaquetas de cores diversas. Teve que haver um arranjo entre elas. Dessa maneira, o show parece com o que realmente aconteceu. E é a mesma coisa, pois são as mesmas músicas tocadas pelos instrumentistas originais. Quando nos reunimos para esse show (a estreia foi em agosto de 1997), havia 20 anos que não tocávamos juntos, mas quando a primeira música começou, parecia que estivemos juntos apenas uma noite antes.

Como foi o primeiro encontro que o senhor teve com Elvis?
Na verdade, nunca fui fã dele, minha mulher é que era. Mas quando ele foi conversar comigo pela primeira vez, todo o carisma dele dominou o espaço. Posso dizer, a partir daquele momento, fui cegado por ele. Porque além de tudo, Elvis era muito musical. Quando fomos conversar, logo falei para ele: ‘vai ser uma bonita jornada’.

Pessoalmente, o que Elvis significou para o senhor?
Para início de conversa, ele foi real. Havia sim o performer, mas a personalidade falava mais alto. Ele foi um grande ser humano, que respeitou todos que trabalharam a seu lado. Lembro-me quando ele me introduziu para o público num show em minha cidade natal, Buffalo, Nova York. Meus pais estavam lá, minha mãe, minha família inteira. Você é latina, eu sou italiano, então sabe como essa coisa de família funciona. Foi um momento muito especial, porque ele se importava.

A banda

>> James Burton
– O guitarrista é integrante do Rock and Roll Hall of Fame (seu discurso de apresentação foi feito por Keith Richards, fã de longa data). Ele demorou a dar o ok para Elvis (se negou até a integrar a banda de Bob Dylan), mas, a partir de 1969, tocou com o rei até a morte dele.


>> Ron Tutt – Depois da morte de Elvis, o baterista tocou durante um tempo com a banda de Jerry Garcia. Mais tarde, foi convidado por Neil Diamond para acompanhá-lo, tanto nas turnês quanto nas gravações. Também gravou com Nancy Sinatra.


>> Glen D. Hardin – O pianista participou de alguns filmes de Elvis, entre eles Aloha from Hawaii (1973), cujas imagens estão no show. Também integrou as bandas de John Denver e Emmylou Harris, além de ter participado da gravação do especial A black and white night, de Roy Orbison.


>> Norbert Putnam – Nascido no Alabama, o baixista integrou o grupo de músicos que foi levado a Nashville em 1965 para gravar com Elvis. Participou de uma série de álbuns dele, assim como gravou com Roy Orbison, JJ Cale, Henry Mancini, entre outros.


>> Estelle Brown – A vocalista foi integrante do grupo Sweet Inspirations, conjunto feminino fundado por Emily “Cissy” Houston, mãe de Whitney Houston. O grupo acompanhou Elvis em várias turnês, e esteve ao lado também de nomes como Wilson Pickett, Solomon Burke e Aretha Franklin.


>> Joe Moscheo e Terry Blackwood – Foram integrantes do The Imperials, quarteto gospel que fez vocal de apoio nas apresentações ao vivo e gravações de Elvis entre 1969 e 1971. O grupo, que esteve
por 45 anos na ativa, venceu quatro Grammys.

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