Florence and the Machine faz pop morno mas satisfatório no palco do Rock in Rio

Roupagem new age transforma faixas da cantora em material com menos "raça" ao vivo

por Agência Estado 15/09/2013 16:22

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Felipe Panfili/AgNews
Florence Welch fez menos do que o esperado com sua voz nos hits ao vivo (foto: Felipe Panfili/AgNews)
A transformação de Florence Welch em Enya da nova geração ocorreu em algum momento entre 'Lungs', de 2009, e 'Cerimonials', de 2011 - e esta popularização só ficou nítida em frente aos milhares do Rock in Rio, no sábado, 14, na segunda noite do festival.

 

Veja fotos do show de Florence no Rock in Rio

 

Welch passou por São Paulo em 2012, com um memorável show no Summer Soul Festival. Se já era uma história de sucesso indie demasiadamente mainstream, daquelas que agradam pais e filhos e acabam, assim, por espantar os filhos, havia conseguido disfarçar.

 

Confira fotos da segunda noite de Rock in Rio


Vestida de sacerdotisa celta, saltitando pelo Palco Mundo, pregando gospel new age para as massas, Florence perde força, como se tivesse todas as armas necessárias - a bela voz, a banda os hits -, mas lhe faltasse ganas para tirar o máximo de tudo isso.

A sensação fica nítida nos momentos-chave de suas músicas, em que a cantora não se esforça para alcançar as notas mais altas. 'Dog days', por exemplo, tem um melisma essencial na palavra “over” (“The dog days are over-ah-ah”). Sem isso, na versão que ouvimos no Rock in Rio 2013, é uma canção mediana. O mesmo acontece com 'Rabbit heart', cujo refrão é cantado ao vivo por Florence em um tom abaixo.

Assim, o bálsamo new age que dá cadência ao show serve de maquiagem à falta de raça. Mesmo assim, foi o melhor show do segundo dia e mostrou que um pop de maior sutileza também satisfaz a massa do Rock in Rio.

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