Cantora mineira Bruna Oliver vai à luta no Raul Gil

por Walter Sebastião 24/08/2013 00:13

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Juliana Cortez/Divulgação
A mineira Bruna Oliver participa do quadro "Novos talentos" (foto: Juliana Cortez/Divulgação)
O pop rock de Minas Gerais ganhou um palco poderoso: o quadro “Novos talentos” do Programa Raul Gil, que vai ao ar aos sábados, às 14h15, no SBT/Alterosa. A mineira Bruna Oliver tem arrasado no espaço dedicado a novas cantoras. Ela tem 20 anos, nasceu em Santa Bárbara, dá aulas de canto em Congonhas e mora em Belo Horizonte.

Afinada, versátil e com forte presença de palco, Bruna marca presença expressiva e esbanja charme na telinha. Dá gosto vê-la em cena. “Quero me dedicar ao rock, que comecei a ouvir cedo. É o gênero musical com o qual me identifico”, afirma.

Aos 8 anos, ela cantava em coral. Depois, estudou música com Viviane Doner e, dando vazão ao gosto herdado do pai, voltou-se para o rock. Tem uma banda, a Loop Rock, cujas performances podem ser conferidas no YouTube e no Facebook. O disco independente de seu grupo, lançado em 2012, traz composições de Bruna. Ela diz que Realidade e Braços abertos são a sua cara. Uma fala da atual situação do Brasil, explicitada pelas recentes manifestações de rua. A outra é a preferida das pessoas que ouvem o disco.

Participar do quadro de calouros do Programa Raul Gil trouxe visibilidade para a mineira. A expectativa é que a boa repercussão a ajude a conseguir um produtor. “Para a carreira avançar, é preciso alguém que invista no artista”, resume Bruna. Ela não renega o formato independente, mas tem de fazer tudo: “Fechar shows, pagar tudo e investir no evento”. Às vezes, isso cansa. “Ter alguém que colabore nas atividades já ajuda muito”, observa.´

Metal Fã de Janis Joplin, Led Zeppelin, Beatles, Rita Lee, Cássia Eller, Cazuza e Elis Regina, a mineira avisa: “Ouço de tudo, do erudito ao metal”. Ao avaliar o panorama do pop rock de Belo Horizonte, Bruna concorda com uma crítica generalizada: “Temos cena importante para bandas covers, mas para rock autoral não há espaço. Quem quiser fazer autoral tem de sair da cidade”.

Na opinião dela, a situação pode ser atribuída, em parte, ao fato de donos de casas noturnas e público se interessarem mais por curtir a noite do que em apostar em novidades musicais. Ela cita o trabalho interessante de novas bandas da cena mineira, como Goldship (de BH) e Amélia Camélia (de Conselheiro Lafaiete).

No programa desta tarde, Bruna Oliver vai interpretar Se você pensa, de Roberto e Erasmo Carlos. Viviane Melo, Hellen Carolina, Jessie Vic, Lorena Pimentel, Thais Fonseca, Tâmara Pyller, Amanda Favaretto, Aline Gil e Mariana Fagundes disputam com ela o prêmio de melhor cantora.

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