Zeca Pagodinho comemora 30 anos de samba com festa em BH

Músico se apresenta no Chevrolet Hall no próximo sábado

por Walter Sebastião 23/08/2013 00:13

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Guto Costa/divulgação
Aos 54, cantor leva seus sucessos ao palco do Chevrolet Hall, no sábado (foto: Guto Costa/divulgação)

Zeca Pagodinho – a melhor tradução da alma popular do Brasil – está de volta a Belo Horizonte. Amanhã, no Chevrolet Hall, o carioca vai comemorar no palco seus 30 anos de carreira. O repertório traz uma penca de sucessos e clássicos, entre eles Aquarela brasileira (Silas de Oliveira), Diz que fui por aí (Zé Kéti e Hortênsio Rocha), Samba pras moças (Grazielle e Roque Ferreira) e Judia de mim (parceria dele com Wilson Moreira).

Econômico em suas declarações, o artista continua avesso a falar da própria música. Mas não esconde que está feliz com a celebração dessas três décadas de ofício. “É muito bom ter uma carreira. Até porque não sei como ela foi feita, simplesmente aconteceu. A vida me empurrou nessa direção”, garante Zeca, de 54 anos.

Filho de seu Jessé e dona Irinea, Jessé Gomes da Silva Filho nasceu no Irajá e foi criado em Del Castilho, na Zona Norte carioca. Desde criança, frequentou rodas de samba. “Sempre tinha um violão, às vezes um instrumento de sopro e até um regional. Menino, cantava as músicas na minha mente, escondido”, revela, contando que Arlindo Marques Júnior, parente distante do pai, é um dos autores de Abre a janela.

Madrinha O primeiro sucesso de Zeca veio em 1983, no disco Suor do rosto, da madrinha Beth Carvalho. Já conhecido como Zeca Pagodinho, assinou com Arlindo Cruz Camarão que dorme a onda leva. Em 1985, destacou-se na coletânea Raça brasileira, que trazia Bagaço da laranja. O primeiro disco solo, batizado com seu nome, veio em 1986. Lá estavam Coração em desalinho e Quando eu contar (Iaiá), entre outras. Desde então, são 25 discos, cerca de 10 milhões de cópias vendidas e quatro prêmios Grammy na estante.

“O samba é o maior movimento cultural do Brasil”, afirma Zeca. “O país tem criadores em todos os lugares: Recife, Espírito Santo, Bahia, Manaus... No Rio de Janeiro, mais ainda. Conheço vários compositores mineiros” acrescenta, citando o belo-horizontino Fabinho do Terreiro, de quem já gravou música.

Nem adianta perguntar o autor favorito de Zeca. O carioca afirma que gravou e dedicou projetos a vários mestres, como Ary Barroso, Noel Rosa e Braguinha.

Capricho O novo show foi montado para um astro do samba. Tem cenário inspirado no Rio antigo (de May Martins), figurinos caprichados (de Juliana Maia) e iluminação especial (de Carlinhos Nogueira). O repertório – gravado em CD e DVD – traz clássicos como O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros) e Pimenta no vatapá (João Nogueira e Cláudio Jorge), além de músicas que viraram hit na voz de Zeca: Maneiras, O dono da dor, Brincadeira tem hora, Vou botar teu nome na macumba, Caviar, Verdade e Deixa a vida me levar. A banda Moleke acompanha o cantor e compositor.

Depois do show em Belo Horizonte, Zeca Pagodinho parte para os Estados Unidos. Vai se apresentar em Nova York e em Las Vegas, onde canta em 7 de setembro para comemorar o Dia da Independência. De volta ao Brasil, ele segue com a turnê para várias cidades do país.

ZECA PAGODINHO - 30 ANOS DE CARREIRA

Data: Sábado, às 22h.

Local: Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, 

Ingressos: Mesa: R$ 600 (setor 1) e R$ 520 (setor 2). Arquibancada: R$ 100 (inteira)  R$ 50 (meia-entrada).

Informações: (31) 3209-8989.

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