A técnica do pianista capixaba Hércules Gomes deixa boa impressão ao final da audição de seu primeiro disco solo, o instrumental 'Pianismo'. O segundo passeio pelo repertório, composto por metade de peças dele, revela um bom compositor, de pensamento claro e direto – seja em momentos que remetem mais ao erudito, como 'Allegro em 3', seja em flertes com a boa e velha escola do instrumental brasileiro, a exemplo de 'Apucarana' e 'Nação primeira'.
Nascido em Vitória e radicado em São Paulo, Hércules tem 33 anos e discos com os grupos Amanajé e Pano pra Manga. Entretanto, no primeiro trabalho, optou pelo piano solo. O artista já se apresentou em festivais brasileiros e no exterior, recebeu vários prêmios. Em abril do ano passado, venceu o 11º Prêmio Nabor Pires de Camargo.
Nada mal para quem começou tocando teclados na adolescência – sem compromisso e de forma autodidata. Teve o próprio piano só aos 20 anos. Hércules soube aprimorar sua técnica de forma a não se deixar intimidar por gêneros tecnicamente desafiadores para instrumentistas, como fica claro em sua composição 'Duda no frevo', baseada no ritmo pernambucano.
Com 'Toada', 'Helena' e a bela 'Platônica', Hércules encerra a parte autoral do disco, que conta com releituras para 'Dança do corrupião' (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro), 'Zanzando em Copacabana' (Radamés Gnatalli) e 'Viva o Rio de Janeiro' (Hermeto Pascoal), entre outras. Com suas composições e sua técnica, o artista reforça o piano brasileiro e se firma como novo talento.
saiba mais
-
João Taubkin, filho do pianista Benjamim Taubkin, lança o disco 'Tribo'
-
Obras para piano de Ronaldo Miranda são reunidas em álbum com interpretações de Patrícia Bretas
-
Depois de tocar violão e piano, Camilo Frade decide focar seu trabalho na voz
-
Móveis Coloniais de Acajú alça voo nacional no novo disco
Nada mal para quem começou tocando teclados na adolescência – sem compromisso e de forma autodidata. Teve o próprio piano só aos 20 anos. Hércules soube aprimorar sua técnica de forma a não se deixar intimidar por gêneros tecnicamente desafiadores para instrumentistas, como fica claro em sua composição 'Duda no frevo', baseada no ritmo pernambucano.
Com 'Toada', 'Helena' e a bela 'Platônica', Hércules encerra a parte autoral do disco, que conta com releituras para 'Dança do corrupião' (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro), 'Zanzando em Copacabana' (Radamés Gnatalli) e 'Viva o Rio de Janeiro' (Hermeto Pascoal), entre outras. Com suas composições e sua técnica, o artista reforça o piano brasileiro e se firma como novo talento.