Quem estava lá participou da melhor festa promovida pela MusicCares. Stevie Wonder e o criativo trompetista Arturo Sandova se impõem com 'People'. Jeff Beck, LeAnn Rimes e BeBe Winan se saem muito bem interpretando 'Come rain or come shine'. A leitura de Diana Krall para 'Down with love', acompanhando-se ao piano, com apenas um contrabaixo de apoio, é um registro de extrema felicidade, com sobra de sutileza. Lea Michele, que tem muito para aspirar a ser a herdeira de Streisand, está muito bem em 'My man'. Leona Lewis, em 'Somewhere', canta sem arroubos, mas mostra competência. Em 'Send in the clowns', Faith Hill é discreta, dando muito bem seu recado. Nikki Yanofsky, então com 17 anos, tenta cantar 'On a clear day' ao lado de um bamba do jazz, Herbie Hancock, e o resultado é sofrível.

A homenageada da noite mostra que tem voz maiúscula, pura e de tom perfeito. Recebe o prêmio das mãos de Prince e discursa comovida. Depois canta uma versão a capela de 'The windmills of your mind' – brilhante, irrepreensível; e arremata com 'The promise (I’ll never say goodbye)'. Então prestes a completar 69 anos (está agora com 71), Barbra Streisand esbanja comando sobre o maravilhoso instrumento natural que tem, a privilegiada voz.

Barbara Joana Streisand, de origem judia, nasceu no Brooklyn, em Nova York, em 24 de abril de 1942. Cantora, compositora, atriz, diretora e produtora cinematográfica, é uma campeã de prêmios. Artista das mais bem-sucedidas – seu primeiro disco, 'The Barbra Streisand album', foi lançado em 1963 –, já vendeu 71,5 milhões de álbuns nos Estados Unidos e 140 milhões mundo afora.