Violonista e compositor Lucas Telles faz show nesta terça, no Teatro da Biblioteca Pública Estadual

Apresentação terá participação especial do flautista Toninho Carrasqueira

por Eduardo Tristão Girão 11/06/2013 06:00

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Élcio Paraíso/Divulgação
Em fase de grande produtividade, o músico Lucas Telles planeja lançar dois discos ainda este ano (foto: Élcio Paraíso/Divulgação)
Talento reconhecido pelo Prêmio BDMG Instrumental deste ano, o violonista mineiro Lucas Telles toca nesta terça-feira à noite em Belo Horizonte e, com seu grupo, mostrará à plateia da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa por que foi um dos quatro vencedores. A apresentação faz parte da premiação, juntamente com a participação especial do flautista Toninho Carrasqueira, valor em dinheiro e outro show, marcado para dia 24 no Sesc Consolação, em São Paulo. O repertório tem a maioria das composições assinadas, pelo artista.


“A formação do show é muito parecida com a do meu grupo Toca de Tatu, com a Luísa Mitre no piano, o Lucas Ladeia no cavaquinho e o Abel Borges na percussão. A novidade é o Bruno Vellozo no baixo, que além de preencher mais o som me possibilita tocar mais solto e poder solar com tranquilidade. Mesmo sendo um show em meu nome e com maioria de músicas minhas, meu pensamento nos arranjos é parecido com nosso trabalho do Toca de Tatu”, afirma Lucas, que tem 24 anos e nasceu em Juiz de Fora.

'Meu amigo Radamés', disco recém-lançado pelo Toca de Tatu, homenageia o compositor gaúcho Radamés Gnattali com músicas escritas por (e para) ele – neste show, o grupo tocará 'Papo de anjo' e 'Chiquinha Gonzaga', que é o quarto movimento da suíte Retratos. De sua própria autoria, Lucas tocará sete peças, como 'Estrada velha', 'Segura essa' e 'Mar de morros'. Completam o repertório 'Catavento' (Milton Nascimento), 'Deixe o breque pra mim' (Altamiro Carrilho) e 'Pagão' (Pixinguinha e Benedito Lacerda).

“Tenho muita influência do Radamés e pesquiso bastante a obra dele. Vejo o dedo dele em muita coisa grande que ocorreu na música brasileira no último século e ainda está presente. Acredito que todos os músicos que se dedicam à música brasileira têm influência dele, mesmo que indiretamente ou que nem saibam, como disse Tom Jobim. Radamés era um radar que captava o que de melhor estava acontecendo e desenvolvia aquilo apontando caminhos para todas as gerações que conviviam com ele”, diz.

Lucas explica não seguir processo de composição padrão e que, inclusive, evita compor usando só o violão. “Algumas vezes, as músicas acabam saindo com coisas típicas do meu jeito, que podem não ser as melhores para aquela parte da composição. Quando estou pensando na música de maneira mais livre, consigo me abstrair um pouco mais destes caminhos típicos do instrumento”, explica. Ele é o responsável por preparar arranjos e partituras para o grupo, mas afirma que a ajuda dos integrantes é essencial.

NA ATIVIDADE

Este mês, além dos shows pelo BDMG em BH e São Paulo, Lucas Telles tocará com o Toca de Tatu na Festa da Música (dia 21). Pelo projeto do Sesc Chorinho e Samba na Praça, se apresentou semana passada e repetirá a dose no fim do mês. Este ano, o violonista foi selecionado para fazer show no projeto Música independente (8 de agosto). Aproveitando o pique, lança disco autoral até o início do ano que vem e finaliza outro gravado com o cantor Mauro Zockratto dedicado a Baden Powell.

LUCAS TELLES
Show do violonista e grupo Toca de Tatu, com participação especial do flautista Toninho Carrasqueira. Nesta terça-feira, às 20h, no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, Funcionários). Entrada franca (é preciso retirar convite no local). Informações: (31) 3219-8656 e www.bdmgcultural.mg.gov.br

Ouça à faixa 'Bate-papo', de Lucas Telles e Toca do Tatu:


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