Kid Abelha se apresenta nesta sexta-feira no Chevrolet Hall

Banda mostra que os 30 anos de estrada são uma força para seguir em frente

por Walter Sebastião 26/10/2012 07:00

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Marcos Hermes/Divulgação
(foto: Marcos Hermes/Divulgação)
 

 

Tem uma banda que, como os integrantes mesmo reconhecem, está vivendo momento feliz: o Kid Abelha. O grupo anda colhendo resultado de três décadas de atividades, marcado por criação e desenvolvimento de som diferente, que todo mundo identifica. A prova é o show que realizam nesta sexta-feira, às 22h, no Chevrolet Hall. Estão de volta depois de cerca de 30 dias de apresentação que foi o maior sucesso.

 

“Voltar é um estímulo grande. Vamos fazer grande celebração”, promete George Israel. Ele conta que Belo Horizonte sempre deu atenção especial ao grupo. Por isso, fizeram muitos shows em Minas, mesmo na época em que o pop rock andou em baixa, nos anos 1990.

 

“Em Belo Horizonte, há um público que se interessa muito pelo pop rock e também por música brasileira”, observa o músico. E que ouviu muito o som dos anos 1980 (o sucesso das grandes bandas da cidade vem logo depois). Aspectos, suspeita o compositor, que contribuem para a popularidade do Kid Abelha por aqui.

 

A música mais antiga do repertório do show é Pintura íntima, de 1982. A mais nova, uma inédita: Caso de verão. Acrescente-se Grande hotel ou Nada sei, da virada dos 900 para os 2 mil. Tudo também no DVD, recém-lançado, 30 Anos – Ao vivo Multishow, com direção de Jodele Larcher e direção musical de Nilo Romero, gravado em abril, no Rio de Janeiro.

 

O Kid Abelha, ele conta, surgiu de uma turma de faculdade que era amante de música. “E aconteceu de as coisas darem certo, e o trabalho se tornar profissional. Mas sempre tivemos dúvidas de até onde a atividade iria”, recorda.

 

A sonoridade singular, segundo ele, surgiu naturalmente, pelo fato de a rapaziada gostar do pop (“que, na nossa época, era nome dado ao que era muito comercial”), mas conhecer rock e música brasileira. “O que só foi reconhecido mais tarde, quando as pessoas viram que tínhamos música que fazia parte da vida delas”, afirma. Ele define o DVD como “um retrato do grupo.”

 

“Em todos os discos, buscamos coisas novas, procuramos não nos repetir. Esse é o estímulo maior. Estamos sempre olhando para frente”, afirma George Israel. Costurando todo o percurso do grupo, ele diz que há trabalho “muito artesanal, caprichado, seguindo uma linha”.

 

O Kid Abelha é formado por Paula Toller (vocal), George Israel (sax, violão e vocais) e Bruno Fortunato (guitarra e violão). A receita para longevidade, de uma banda, ele diz, “é respeito pelo que foi realizado junto – o que, no nosso caso, é parceria musical bacana”, e entender que diferenças completam e cada um tem função bem definida.

 

Três perguntas para...

 

GEORGE ISRAEL músico

 

O que é a essência musical do Kid Abelha?

 

Pop rock brasileiro de qualidade, inteligente, moderno, urbano. E as culturas das pessoas que trabalharam intensamente com o grupo no começo: Liminha, Lulu Santos, Paul Ralphes, Flávio e Deborah Colker, que nos ajudaram a compreender o que queríamos fazer. Qual a receita para a banda permanecer unida durante 30 anos?

 

Sucesso é fundamental para despertar interesse. Mas ele é produto de trabalho duro. Como anda o pop brasileiro?

 

Está meio escondidinho. Ótima oportunidade para os que escrevem bem e têm boas ideias aparecerem. Sou fã de Adriana Calcanhoto, da Partimpim, de Vanessa da Mata, Maria Rita. Pronto, um time de garotas geniais.

 

Kid Abelha Show nesta sexta-feira, às 22h. Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, (31) 3209-8989. Ingressos: De R$ 60 a R$ 120. Classificação etária: 16 anos.  

 

 



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