Desde que estreou em novembro de 2008, o espetáculo O negro, a flor e o rosário, de Maurício Tizumba, já percorreu palcos de Minas e do Brasil, levando elementos da cultura negra e das matrizes populares da arte brasileira. Depois de várias temporadas e apresentações em festivais, a montagem ganha agora circulação especial, com entrada franca, nos centros culturais de Belo Horizonte. A maratona começa amanhã, no Centro Cultural Padre Eustáquio, chegando em seguida ao Centro Cultural Alto Vera Cruz (domingo), Centro de Cultura Lagoa do Nado (dia 19), Centro Cultural Vila Marçola (dia 20) e Centro Cultural Salgado Filho (dia 25).
Mesmo com tema forte e contexto histórico de violência, que remonta aos navios negreiros, a montagem tem elementos de humor e descontração. São seis contos – “Orixás”, “Zumbi dos Palmares”, “Dandara”, “Saci Pererê”, “Cosme e Damião” e “Nossa Senhora do Rosário” – que resgatam aspectos fundamentais da cultura brasileira, além de contribuir para a formação de crianças e jovens. A base do espetáculo é a música, criada a partir de pesquisas realizadas pelo compositor. “São histórias de heróis e personagens negros, até agora praticamente desconhecidas”, explica Tizumba.
Em 2009, o espetáculo foi vencedor do edital “Ideias criativas para o dia 20 de novembro”, promovido pela Fundação Palmares, e selecionado no Cena Minas, prêmio de Artes Cênicas de Minas Gerais. A peça participou do Festival Alterosa de Teatro Infantil em 2009 e 2010, e Maurício Tizumba foi premiado com a melhor trilha sonora original pelo 7º Prêmio Usiminas Sinparc de Artes Cênicas. Em seguida, circulou por vários festivais e eventos, entre eles a Semana da Abolição na Associação Cultural Tambor Mineiro.
O Negro, a Flor e o Rosário
Amanhã, às 17h, no Centro Cultural Padre Eustáquio, Rua Jacutinga, 821, Padre Eustáquio (antiga Feira Coberta). Domingo, às 16h. no Centro Cultural Alto Vera Cruz, Rua Padre Júlio Maria, 1.577-B, Alto Vera Cruz. Entrada franca. Informações: (31) 3227-1187 e 3295-4149