O que faz um astro de rock entediado pela fama? No caso de Chris Cornell, esquece-se de seu passado junto aos vigorosos Soundgarden e Audioslave para mergulhar de cabeça naquilo que de mais genérico e raso dá forma ao rhythm’n’blues contemporâneo.
Scream (Interscope/Universal) é um desses exercícios no escuro que invariavelmente culminam em desastre. Associado ao produtor Timbaland, o mesmo que tem enchido de blips e blops as gravações de black como Miss Elliott, Kanye West, 50 Cent e Jay-Z, Cornell vem emprestar sua voz a uma série de indistintos batidões eletrônicos.
Cornell nem precisava aparecer na capa do disco quebrando sua guitarra para reiterar seu rompimento com o rock. Aliás, quando o panaca pop Justin Timberlake vem trinar ao lado de Cornell em Take me alive, é como se o ex-líder do Soundgarden tivesse se transformado em mais um daqueles calouros gritões que teimam em maltratar a humanidade nas noites do American idol.
Se Cornell ambicionava algo colossal com Scream, seu tiro saiu pela culatra. Vítima de nanismo criativo ou sabe-se lá de que outra deletéria mutação genética, a Cornell só resta agora o recolhimento à própria insignificância.
Scream (Interscope/Universal) é um desses exercícios no escuro que invariavelmente culminam em desastre. Associado ao produtor Timbaland, o mesmo que tem enchido de blips e blops as gravações de black como Miss Elliott, Kanye West, 50 Cent e Jay-Z, Cornell vem emprestar sua voz a uma série de indistintos batidões eletrônicos.
Cornell nem precisava aparecer na capa do disco quebrando sua guitarra para reiterar seu rompimento com o rock. Aliás, quando o panaca pop Justin Timberlake vem trinar ao lado de Cornell em Take me alive, é como se o ex-líder do Soundgarden tivesse se transformado em mais um daqueles calouros gritões que teimam em maltratar a humanidade nas noites do American idol.
Se Cornell ambicionava algo colossal com Scream, seu tiro saiu pela culatra. Vítima de nanismo criativo ou sabe-se lá de que outra deletéria mutação genética, a Cornell só resta agora o recolhimento à própria insignificância.