Cantor Victor vira réu em processo que apura agressão contra a mulher em BH

A Justiça acatou denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na última sexta-feira. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo Fórum Lafayette

por João Henrique do Vale 10/04/2017 15:36
 Instagram / Reprodução
Agressões aconteceram em um prédio na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: Instagram / Reprodução)

O cator Victor, da dupla Victor & Léo, virou réu em processo que investiga a agressão contra a esposa Poliana Chaves. A Justiça acatou denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na última sexta-feira. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo Fórum Lafayette. O sertanejo foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais, com base no laudo pericial das imagens das câmeras de segurança do prédio e pelo depoimento da vítima, para responder pela agressão contra a esposa.


O caso corre em segredo de Justiça. Por causa disso, o crime pelo qual o cantor foi denunciado não foi informado. Segundo o MPMG, a denúncia foi feita na última quarta-feira. Na sexta-feira, o juiz acatou os argumentos da promotoria.


A Polícia Civil indiciou o cantor por vias de fato em 4 de abril. "A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que relatou à Justiça o inquérito instaurado a partir da denúncia de agressão registrada por Poliana Chaves. Assim, diante das provas coletadas, a PCMG concluiu pelo indiciamento de Victor Chaves pela contravenção penal prevista no artigo 21, do Decreto Lei 3.688/41, vias de fato, conforme demonstrado no laudo pericial das imagens das câmeras de segurança do prédio e pelo depoimento da vítima”, divulgou a corporação.


Poucas horas depois da divulgação do indiciamento, Victor se defendeu nas redes sociais. "Pessoal, eu venho a público para esclarecer uma coisa diante da qual surgiram e surgem incontáveis boatos. Eu fui indiciado legalmente por vias de fatos, contravenção. Ou seja, eu não machuquei ninguém. O que eu pratiquei foi um ato de desespero para conter uma pessoa que estava completamente fora de si de pegar em uma criança de 1 ano. E pela minha filha, o que eu fiz, eu faria de novo. Então, tudo está sendo apurado devidamente", disse Victor, em vídeo.

Relembre o caso


Em 24 de fevereiro, uma sexta-feira, Poliana procurou a Delegacia de Mulheres da capital mineira para prestar queixa contra o marido. Ela alegou ter sido jogada no chão e chutada por Victor, e contou ainda que foi impedida de deixar o apartamento do casal pelo segurança e pela irmã do cantor. Com a ajuda de uma vizinha, ela conseguiu fugir e pediu socorro. Entretanto, nesse dia ela não fez exame de corpo de delito. 

 

No sábado, uma nova versão para o caso surgiu. A sogra de Poliana procurou a polícia e registrou boletim de ocorrência, contando uma versão diferente dos fatos. Ela alegou que Poliana chegou em sua casa transtornada e que elas discutiram. Quando Victor chegou ao local, a mulher teria se jogado no chão e se debatido. Em seguida, Poliana teria deixado o apartamento na companhia da sogra, ido para seu próprio apartamento e entrado na casa de uma vizinha, juntamente com a filha do casal.



No mesmo dia, Poliana compareceu à delegacia e fez o exame de corpo de delito, mas os resultados não foram divulgados. No domingo, por meio do Instagram do cunhado, ela publicou uma carta de apoio ao marido, na qual negou que tivesse sido agredida e explicou estar bastante abalada. Ela afirmou que houve uma discussão com a sogra e que por não ter tido apoio do marido e não ter parentes ou amigos em BH, viu na polícia um "lugar onde se sentiria amparada". 



Mesmo com a mudança de versão da mulher, a Polícia Civil continuou investigando o caso. Segundo a corporação, “de acordo com a previsão legal, registros de casos de agressão, no âmbito da Lei Maria da Penha, independem de representação da vítima para apuração”. Após a divulgação do caso, Victor se afastou do reality global The Voice Kids.



No dia 13 de março, o laudo do exame de corpo de delito feito em Poliana deu negativo, mas as investigações continuaram, pela possibilidade de agressões que não deixaram marcas corporais. Nesta terça-feira (4/4) a PCMG concluiu pelo indiciamento.

MAIS SOBRE MEXERICO