Nova trama das seis da Globo, Êta mundo bom! investe em mensagem otimista

Trama é ambientada na década de 1940 e traz ator Sérgio Guizé no papel de Candinho; estreia será amanhã

17/01/2016 13:20
João Cotta/Globo
Sérgio Guizé faz o papel de Candinho, um otimista incansável (foto: João Cotta/Globo)
Walcyr Carrasco sempre quis voltar às novelas das 18h da Globo. E o retorno é simbólico: Êta mundo bom! estreia amanhã, 10 anos depois que ele se despediu desse horário, ao finalizar Alma gêmea, em 2006. Para tanto, o autor escolheu apostar no otimismo e numa característica marcante em seus folhetins nessa faixa: ser de época. A trama é ambientada na década de 1940 e conta a história de Candinho (Sergio Guizé), bem-humorado caipira que vive a repetir que “tudo que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá’”.

“Quis trazer a grande discussão que sustenta todos nós todo tempo. O mundo é bom? Há motivos para ser otimista?”, explica Walcyr. A inspiração para a sinopse, desenvolvida no ano passado, veio de três obras, duas literárias e uma cinematográfica: os contos “Cândido ou o otimismo”, do filósofo iluminista francês Voltaire (1694–1778), e O comprador de fazendas, de Monteiro Lobato (1882–1948); e o filme Candinho, estrelado pelo comediante Amácio Mazzaropi (1912–1981).

Na novela, Candinho é separado da mãe ao nascer, por uma imposição do avô, já que ela o teve solteira. Colocado em uma cesta e jogado num rio, vai parar na fazenda de Cunegundes (Elizabeth Savalla) e Quinzinho (Ary Fontoura), casal que não consegue ter filhos e decide criá-lo. Mas logo ela engravida e o deixa de lado. Principalmente depois da segunda gestação, de gêmeos. Candinho é tratado como um empregado da propriedade e se apaixona pela primogênita deles, Filomena (Débora Nascimento).

“Ele sofre bastante. Mesmo assim, não desanima e nem perde a esperança. Tem uma energia bem parecida com a do povo brasileiro”, avalia Guizé. A paixão é descoberta por Cunegundes, que o expulsa da propriedade. Sem ter para onde ir, Candinho segue para a capital em busca da mãe, Anastácia (Eliane Giardini). Com ele, o burro Policarpo, seu grande “amigo”. E leva uma joia encontrada na cesta em que foi achado, com uma foto da mãe. Em São Paulo, ele cruza com Pancrácio (Marco Nanini), que o abriga. A busca por Anastácia, no entanto, é prejudicada pela vilã Sandra (Flávia Alessandra), sobrinha dela, que não quer perder a herança da tia.

Filomena também estará vivendo em São Paulo, mas explorada pelo vigarista Ernesto (Eriberto Leão). Ele a convence a fugir de casa com a promessa de casamento e amor verdadeiro. Sem esperanças de reencontrar Candinho, ela aceita. Mas basta se entregar ao “noivo” para descobrir que foi enganada. Sem saída, aceita trabalhar em um clube noturno. “O Taxi Dancing é um cenário muito presente na trama. Os atores aprenderam bolero, tango, charleston, entre outros ritmos”, conta o diretor-geral, Jorge Fernando.

Enredo variado Muitas tramas paralelas terão destaque em Êta mundo bom!. Bianca Bin, por exemplo, interpreta Maria, jovem que engravida do namorado rico, mas ele morre em um acidente e ela, solteira, é expulsa de casa pelo pai. Já Guilhermina Guinle dá vida à malvada Ilde, que trata mal o enteado Claudio (Xande Valois), filho do marido Araújo (Flávio Tolezani). E Giovanna Grigio, que ganhou fama como a sonhadora Mili da versão mais recente de Chiquititas, no SBT, encarna a romântica Gerusa, menina doente que se apaixona por Osório (Arthur Aguiar). Um romance semelhante ao retratado em A culpa é das estrelas, de John Green. “Estou bem empolgada com esse casal. A repercussão nas redes sociais já é muito forte e acredito que o público torça por eles”, intui Giovanna.

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Também estão no elenco: Rainer Cadete, Camila Queiroz, Miguel Rômulo, JP Rufino, Rosi Campos, Anderson Di Rizzi, Ana Lúcia Torre, Klebber Toledo, Tarcísio Filho, Debora Olivieri, Rômulo Neto, Rodrigo Andrade, Suely Franco e Priscila Fantin, entre outros.

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