"Facismo total", comenta Jô Soares sobre pichação em frente à sua casa

O caso fez o apresentador relembrar um episódio em que invadiram sua casa na ditadura, cortaram a luz e "banharam de sangue" as paredes

por Correio Braziliense 25/06/2015 21:26

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Reprodução/Instagram
(foto: Reprodução/Instagram)
Depois que a entrevista de Jô Soares com a presidente Dilma Rousseff foi ao ar na semana passada, o apresentador de 77 anos foi surpreendido com uma pichação em frente à sua casa que dizia: %u201CJô Soares, morra%u201D. Na programa de quarta-feira (24/6), ele se manifestou sobre o episódio, pela primeira vez: %u201CIsso é um facismo total. Todo mundo tem o direito de falar%u201D. O vandalismo chegou a assustar as crianças do bairro, segundo Jô, já que há duas escolas nas redondezas. Ele aproveitou para brincar um pouco: %u201CAinda bem que (a ameaça) não tem data%u201D. Segundo o apresentador, o episódio o lembrou dos tempos de ditadura. Ele conta que uma vez chegou em casa e o Comando de Caça aos Comunistas havia cortado a luz e %u201Cbanhado%u201D as paredes de "sangue" - tinta vermelha, na verdade. Jô associou esse momento do passado ao episódio recente, e aproveitou para citar a célebre frase de Voltaire: %u201CPosso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo%u201D. O apresentador aproveitou para agradecer as manifestações de solidariedade e desmentir alguns boatos, como o que diz que ele teria reforçado a segurança. %u201CEu não posso reforçar o que não tenho%u201D, disse. Jô Soares finalizou pedindo a quem apoiasse esse tipo de atitude que %u201Creavaliasse o pensamento, por tudo o que o país já passou%u201D.

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