BBB em crise? Audiência do programa cai 30 pontos percentuais em 10 anos

No entanto, a atração segue garantida até 2018 e tem bom desempenho na internet

por Correio Braziliense 08/04/2015 18:16

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TV Globo/Reprodução
(foto: TV Globo/Reprodução)
O Big Brother Brasil 15 acabou nessa terça (7/4), com a vitória de Cézar. A atração de 2015 tentou recuperar a audiência do programa, que caiu cerca de 30 pontos percentuais nos últimos 10 anos. Mas isso significa uma crise? Sim e não.

Os dados de participação do programa (share) divulgados pelo Ibope mostram que a audiência do BBB está em queda. A atual edição teve um share de 39,6%. Isso significa que de cada 10 televisões ligadas, quatro estavam sintonizadas no Big Brother Brasil.

Os dados se referem aos três meses em que o programa ficou no ar. Em 2005, a quinta edição do BBB, que contou com Jean Willys e Grazi Massafera, teve a maior audiência, com participação de 69,7%. De lá para cá, a queda foi intensa.

Desde 2005, a cada três anos, a participação do programa cai uma dezena. As três últimas temporadas do Big Brother Brasil não conseguiram sair da casa dos 30% - mesmo que o BBB 2015 tenha ficado bem próximo disso.

A edição atual tentou de tudo para alavancar a audiência: mudou o perfil dos participantes, alterou as regras, aumentou o número de paredões, foi menos restrita com a questão do sexo entre os "moradores" da casa. Tudo isso fez crescer a audiência do programa em relação a 2014, mas a atração ostentou a segunda pior marca do show. 
 
 
Crise?
Apesar de os dados apontarem para uma tendência de queda, é difícil afirmar que os dias do Big Brother Brasil estão contados. A marca obtida pela atração (cerca de quatro em cada 10 aparelhos ligados no BBB) é um resultado excelente. Para se ter uma ideia, nenhum programa das outras emissoras obtém essa marca.

Uma prova de que a emissora está contente com desempenho do BBB, apesar da queda gritante da audiência, é que o reality tem edições garantidas até 2018. A Globo renovou o contrato com a Endemol, dona do formato, e já possui contratos publicitários garantidos para a atração.

 Mesmo com a baixa audiência, o produto continua sendo rentável para a emissora. Dura três meses e tem um custo de produção muito baixo, quando comparado a novelas e a minisséries - basta lembrar de Felizes para sempre? e suas cenas cinematográficas. 

Sucesso on-line
Como tem acontecido com outras atrações, como o CQC, o Big Brother Brasil foi sucesso nas redes sociais. De acordo com uma ferramenta criada pela Rede Globo, até esta quarta-feira (8/4), o programa foi citado em 34,3 milhões de postagens. 

Ao longo dos anos, o programa sempre figura na lista de mais procurados no Google. 

Em 2013 e 2014, o termo Big Brother foi o mais pesquisado na ferramenta no Brasil. Ano passado, o programa ficou à frente de temas importantes, como a morte de Eduardo Campos e da epidemia de ebola.


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