Burka Avenger: super-heroína paquistanesa levanta discussão sobre a educação feminina no país

Programa se integra à contestação da população contra militantes do Talibã, que impedem milhares de meninas de irem à escola

por AFP - Agence France-Presse 06/08/2013 15:29

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burkaavenger.com/Reprodução
A animação "Burka Avenger" ("A vingadora de burca", em tradução livre) chegou às TVs paquistanesas no mês passado (foto: burkaavenger.com/Reprodução)
Uma nova super-heroína paquistanesa que luta contra vilões disfarçada com uma burca preta está pronta para ser exibida no mundo inteiro, contou o criador, que tem planos de exibir o desenho em cerca de 60 países. A animação 'Burka Avenger' ('A vingadora de burca', em tradução livre) mostra as aventuras de uma professora que usa seus superpoderes para lutar contra bandidos locais que tentam fechar a escola das meninas, onde ela trabalha. A atração chegou às TVs paquistanesas no mês passado.


O programa, que mistura comédia e ação, faz parte da expressão do sentimento de contestação em um país onde os militantes do Talibã têm impedido milhares de meninas de irem à escola no noroeste do país e atacado os ativistas que lutam pela sua educação. O homem por trás de 'Burka Avenger', a estrela pop Haroon Rashid, se disse supreendido pela resposta que obteve.

 

"A recepção tem sido absolutamente fenomenal, além das nossas expectativas. Nós estávamos produzindo este seriado de TV sem muita empolgação para o Paquistão, mas parece que o mundo inteiro quer saber mais sobre a 'Avenger Burka'", contou. Uma distribuídora de TV da Europa já demonstrou interesse e tem mantido contato para traduzir o desenho para 18 idiomas, incluindo inglês e francês, e assim exibir a atração em 60 países, acrescentou Rashid.


A questão da educação das meninas no noroeste do Paquistão - região marcada por militantes radicais - chegou às manchetes mundiais em outubro de 2012, quando talibãs atiraram em uma adolescente ativista, Malala Yousafzai. Malala, que luta pelo direito das meninas de ir à escola, sobreviveu ao ataque e, no mês passado, fez um forte discurso na ONU, em Nova York.



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