Conheça a Java, fábrica de chocolates artesanais em BH

Atualmente, marca oferece a iguaria em 11 sabores sem glúten ou lactose

 Jair Amaral/EM/D.A Press
Aline Palmiro e André Chaves trocaram a carreira na tecnologia da informação pela produção de chocolates (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Quem é mais ligado em computação tem em Java um termo bem familiar. Para o casal Aline Palmiro e André Chaves, ambos formados em tecnologia da informação, o nome inspirou também uma deliciosa mudança de vida. À procura de uma nova carreira, eles montaram uma pequena fábrica de chocolates em BH e, hoje, contam com 11 receitas diferentes espalhadas por restaurantes, lojas e cafés da cidade com um diferencial: nada de glúten ou lactose.

Os chocolates da Java são produzidos em um pequeno espaço no Bairro Colégio Batista, Região Leste da capital. A iniciativa surgiu da necessidade de Aline, que descobriu a intolerância ao glúten e à lactose aos 27 anos, e passou a adaptar receitas de acordo com suas restrições. Com isso, ela viu a oportunidade perfeita para o negócio que o casal precisava para se manter em BH, depois de deixar São Paulo, onde se conheceram.

“Dá para fazer isso sendo gostoso.” Com essa percepção, ela decidiu reunir os estudos mercadológicos que vinha fazendo com a paixão pela cozinha e pelos chocolates para dar início ao novo empreendimento. “Sempre acreditei que os alimentos são a própria cura para tudo”, afirma a empresária.

Com a proposta de desenvolver uma iguaria alternativa, feita a partir de matérias-primas orgânicas, Aline usou a criatividade para elaborar 11 receitas. Sal do Himalaia, damasco com amêndoas, coco queimado com pimenta vermelha e café do Sul de Minas estão entre as variedades oferecidas pela marca, que inclui ainda uma opção diet. “Fui juntando ingredientes de que gosto e testando”, explica.

“Privilegiamos a qualidade e isso demanda um processo artesanal”, define André. Na pequena fábrica, a dupla coordena desde a recepção do cacau, adquirido de pequenos produtores do Norte do país, e seus processos de descascamento, moagem e torra, até o armazenamento do produto nas embalagens feitas com material reciclado.

Até mesmo parte do maquinário utilizado no processo tem confecção artesanal. O casal se dedicou a estudar e aprender sobre a engenharia de produção utilizada e fez todas as adequações necessárias para conseguir lançar o produto no mercado em 2015. Hoje, os chocolates Java são encontrados em mais de 150 pontos de venda na capital mineira e comercializados também em outros estados.

“Além da qualidade, temos também uma preocupação social, já que a indústria do chocolate no mundo infelizmente faz muito uso do trabalho escravo na extração do cacau na África. Por isso, temos o cuidado de conhecer a origem dos nossos ingredientes”, afirma André, que faz questão de que seus representantes comerciais e responsáveis pelas vendas compartilhem esses valores com o público.

Os tabletes têm 25 gramas, porção calculada com base em orientações nutricionais, segundo a dupla. No mercado, o valor médio da barrinha é de R$ 6,50. A empresa também vende quantidades maiores para confeitarias e, no site, é possível adquirir kits e quantidades maiores. Os fãs mais gulosos em breve poderão saborear o Java em uma barra maior, de 80 gramas. Para o futuro, além de criar mais sabores, os proprietários também planejam montar uma loja com produtos exclusivos.

JAVA CHOCOLATES
À venda em várias lojas, bares, cafés e restaurantes de BH. Venda e informações pelo www.javachocolates.com.br.



• Variações sobre o tema

Confira os sabores disponíveis

>> 70% cacau + abacaxi com coco queimado
>> 70% cacau com menta
>> 70% cacau laranja
>> 40% cacau ao leite de coco
>> 70% cacau chocolate intenso
>> 63% cacau coco queimado com pimenta vermelha
>> 63% cacau café do Sul de Minas
>> 70% cacau cramberries
>> 70% cacau damasco com amêndoas
>> 70% cacau sal do himalaia e amêndoas
>> 40% cacau diet

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