O bar Laicos, no Funcionários, propõe experimentações ao público

Inaugurado há menos de 10 dias, o terceiro bar dos irmãos Marco e André Sassen Panerai oferece comida no palito, cervejas, drinques, música e arte

por Carolina Braga 05/02/2016 08:00
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Marco Panerai e as gangorras onde o cliente do Laicos pode se soltar (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O plano inicial dos irmãos Marco e André Sassen Panerai era montar um bar nas ilhas Fiji, na Oceania. Naquele início dos anos 2000, os jovens passavam temporada fora do Brasil, divididos entre a Austrália e a Nova Zelândia. A dupla voltou ao perceber que enfrentar a burocracia para ter um negócio no exterior seria complicado demais. E não tem do que reclamar.


Há menos de 10 dias, os irmãos inauguraram seu terceiro bar em Belo Horizonte: o Laicos, que ocupa o imóvel do antigo Social, no quarteirão fechado da Rua Ceará, no Funcionários. Donos do Jangal e Gilboa, no Sion, os Panerai agora têm como sócios Rafael Leander e Kuru Lima, veterano na cena cultural de BH.

A escolha do nome é mais simples do que parece: a palavra social ao contrário, mas com o sentido de liberdade que se deve esperar de uma sociedade laica. Marco Panerai explica o lema: “Sem nenhuma doutrina que guie, liberdade de expressão, de pensamento e de tudo, até do direito de ir e vir”. Traduzindo em “gastronomês”, a ideia é oferecer comida no palito, cervejas, drinques, música e arte.

No ambiente despojado e com luzes coloridas, o cliente pode até se sentar em gangorras. “É o lugar mais disputado”, garante Paneirai. Quatro balanços foram instalados lá. A proposta da casa é a praticidade. Como nos populares churrasquinhos, funciona o esquema de fichas. O cliente compra determinada quantia no caixa ou com os garçons e gasta como quiser. Se sobrar, vale guardar para a próxima visita.

Elaborado pelo chef Fernando Vertelo, o cardápio tem dois tipos de pedidos: finger food (R$ 6) e hand food (R$ 12), ambos com tira-gostos para comer com a mão. “Todas as porções são individuais”, reforça Marco Sassen Panerai.

Também há a opção de um prato: yakisoba de frango, servido a partir das 21h30. “A gente não queria que o cara chegasse, pedisse e fosse embora. Então, servimos só mais tarde. Até passamos com um sininho para avisar: galera, quem quer yakisoba?”, detalha Marco.

Na categoria finger estão as coxinhas de fogo (tulipinhas de frango ao molho picante) e a batata laicos (batatas ao forno com ervas, azeite e parmesão). Entre as opções de hand food o cliente pode pedir rabicó (rabada de porco empanada em castanha-de-caju) e laicos lightburguer (burguer de quinoa com muçarela, alface e tomate).

Assinados por Tiago Santos, os drinques custam R$ 12 ou R$ 15, dependendo da elaboração. Como todas as criações são “autorais”, não há espaço para as tradicionais caipis ou para o mojito clássico.

O mojito galactico (rum, hortelã, limão e espuma de baunilha) custa R$ 12. Entre os alternativos, destacam-se o me uvas (R$ 12), com rum, uva, suco de maçã, monin (xarope) de maçã verde e limão, e o tequilaicos (R$ 15), com tequila, citrus, limão e licor de amêndoas.

Todas as cervejas são vendidas a R$ 6. Estão no cardápio as marcas Eisenbahn (pilsen, pale ale, weiss), Heineken, Budweiser e Stella. Não há carta de vinhos.

LAICOS
Rua Ceará, 1.580, Funcionários, (31) 3658-8828. Aberto de terça a sexta-feira, das 17h à 1h (cozinha até 23h30); sábado, das 15h à 1h; e domingo, das 15h às 22h.

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