Finger-food é sugestão criativa e delicada como aperitivo para receber nas férias

por Laura Valente 03/01/2016 10:46
Leandro Couri/em/d. a press
(foto: Leandro Couri/em/d. a press)
Receber bem durante as férias demanda praticidade: com mais de 20 anos de experiência na produção culinária gourmet artesanal, Liliane Menezes é craque no assunto. Tanto que há décadas oferece aos clientes várias opções de finger-food, aquele tipo de petisco que é servido sem o uso de louça ou talher e, geralmente, degustado de uma vez só. %u201CAté por isso o sabor deve ser delicado e atrativo. Imagine colocar tudo na boca e não gostar%u201D, brinca ela. Lili, como é conhecida entre os fiéis clientes, trouxe o finger-food para a cidade há muito tempo, quando conheceu a então novidade durante viagem a Paris, capital mundial da gastronomia. Também as pequenas assadeiras usadas na produção foram importadas da Cidade Luz, e originam diversos formatos da iguaria, nomeada mix de microforminhas congeladas (a bandeja com meio cento custa R$ 80). Normalmente, ela produz cerca de 20 opções diferentes, entre elas peito de peru defumado, tomate seco, gorgonzola com salsa crespa, brie com damasco e provolone com cebolinha. %u201CA prioridade é o sabor, e, depois, o visual, que enche os olhos e ajuda até na decoração da mesa%u201D, avisa. Por falar em estética, ela lembra que todos os ingredientes são comestíveis e que harmoniza a erva usada na finalização ao sabor do petisco. Entre muitos exemplos, Lili sugere folinhas de alecrim para o brie; manjericão para o tomate; tomilho em receitas com cebola caramelizada e por aí vai. A massa de base dos petiscos lembra a da receita de quiche, mas ainda mais leve, feita com creme de leite fresco entre os ingredientes. Comercializados já pré-cozidos, basta levar os petiscos ao forno aquecido a 180/200 graus por 25min para servir. %u201CFunciona como uma entradinha e o cálculo que se faz é a média de cinco unidades por convidado%u201D. Para servir não há mistério. Experiente, Lili conta que já esteve em alta a moda de dispor os salgadinhos sobre suportes diferentes, como folha de bananeira, superfícies de pedra ou vidro, mas diz que atualmente %u201Co mais prático%u201D é que manda. Assim, vale lançar mão de utensílios convencionais como bandejas, petisqueiras, pratos com pé e outros. Também na linha finger-food, opção é a barquete de tapioca (matéria-prima que chega diretamente da Bahia). Para o recheio, Lili aposta em um creme de camarão sete-barbas feito com leite de coco, azeite de dendê e coentro, finalizado com manteiga de garrafa e parmesão. Para fazer em casa Caracterizando-se como gulosa e uma curiosa pelo universo da gastronomia desde a infância, a especialista na produção de receitas para demandas que variam de pratos especiais avulsos a banquetes complexos está in love por um ingrediente comum, mas que vem aparecendo com mais frequência entre expoentes da cozinha: a pipoca. Obviamente, não é a receita tradicional, mas sim uma especial, enriquecida por especiarias secas como curry, páprica ou chili. %u201CTenho testado dessa forma e também em sobremesas, quando caramelizo a pipoca. Há chefs investindo no aroma do ingrediente e outras novidades mais. Trata-se de uma opção surpreendente, econômica e que agrada a todo mundo. Para servir, sugiro colheres próprias para finger-food ou copinhos de vidro%u201D. O calor dessa época do ano combina ainda com outro tipo de aperitivo: as microssaladas. Uma das receitas peferidas de Lili é a que leva kinua cozida em caldo de legumes, castanhas picadas, damasco, aipo, cenoura, cebola, tomatinhos, salsinha, manjericão, pimenta dedo-de-moça e do-reino, além de sal a gosto. %u201CDepois de pronta, basta colocar no copinho. Hoje em dia, muitas receitas podem ser transformadas em finger-food, basta usar a imaginação%u201D, ensina.

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