Prado oferece opções gastronômicas que vão além do tradicional espetinho

Bairro da Região Oeste de BH abriga de restaurante japonês a indiano, passando por pizzaria, carnes exóticas e o bom e velho boteco

Eduardo Tristão Girão 27/03/2015 08:30
Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Sim, o Prado é aquele bairro dos espetinhos. Seguramente, há pelo menos uns 10 por lá, entre locais sem placa e o lendário Luizinho, que possivelmente é o veterano da região, atuando desde 1999. Mas há mais. Talvez o visitante de ocasião se impressione ao saber que ali há uns três japoneses, uma pizzaria de ambiente charmoso, outra tipicamente “de bairro” e, lógico, bares com cervejas especiais, carnes exóticas, petiscos inusitados ou simplesmente aquela boa e velha porção de moela. Não está convencido? Pois saiba que há também um restaurante indiano – com indianos atendendo e cozinhando. Fora a parrilla, que será aberta no mês que vem. E não se deixe abater pelas avenidas que contornam o Prado: por dentro, ele mais parece cidade do interior.

 

Com seu clima aconchegante, o bairro da Região Oeste de BH oferece várias opções gastronômicas. De mansinho, a área se tornou um dos points de lazer de BH. Há de programas diferentes – como apreciar comida japonesa ou um belo caititu – a botecos que prezam a tradição. Confira opções.


Namastê
( foto )
Não espere português afiado dos indianos que trabalham nesse restaurante; em compensação, comer ali deve ser o mais próximo que um belo-horizontino pode chegar de uma experiência gastronômica no país asiático. Rukamini e Ram criaram novas receitas (com lagostim e cordeiro), mas um dos destaques continua sendo o pão assado na hora em forno tandoor (R$ 5), coberto com cebola, batata ou gergelim.
• Avenida Francisco Sá, 355. (31) 3567-5200.

Bar do Bigode

Se os encantos de cervejas especiais e ingredientes regionais não te atraem, talvez este seja seu lugar. Boteco legítimo, sem música, ambiente simples e clima de bairro. O dono (que usa bigode) veio de Fortuna de Minas e abriu a casa em 1984. Serve rabada, pé de porco, carne de panela, língua e moela (cerca de R$ 35, cada). Sexta e sábado tem feijoada; domingo, pão com pernil. Cachaças são 30 – pergunte pela mais vendida.
•  Rua Esmeralda, 604. (31) 3371-5103.

Rima dos Sabores
Onde mais comer jacaré, avestruz, caititu, rã e pirarucu? Como se não bastasse a cozinha, Juliano Caldeira tem apreço especial por receitas inusitadas e/ou à base de bacon – não deixe de perguntar o que é o “turbacon”. O bar também é reduto cervejeiro, com 130 rótulos nacionais e importados, como o chope mineiro Falke (R$ 8,90) e a garrafa da belga Delirium Tremens (R$ 28,93).
•  Rua Esmeralda, 522. (31) 3243-7120.

Bananeiras

Ex-bancário, Carlos Vianey abriu em 2004 este que é um dos poucos bares de quintal do bairro (outro deles é o Quintal do Prado). Um quiosque de piaçava cobre sete mesas e outras ficam sob a parreira. Da cozinha, saem petiscos ensopados em panela de pedra, servidos com pão, a exemplo da língua ao vinho (R$ 38,90), da carne de panela com mandioca cozida (R$ 41,90) e da moela (R$ 33,90).
•  Rua Rubi, 525. (31) 3372-2571.

Agosto
Parede grafitada, exposições e trilha que vai do jazz ao rock fazem dele o bar mais decolado do bairro. Entre os petiscos incrementados há a maminha desfiada ao vinho com farofa de feijão de corda e almofadinhas de angu frito com castanha do pará (R$ 34,90, para duas pessoas). Um dos donos não só adora cerveja (o cardápio tem 51 rótulos) como curte suas próprias cachaças com ervas. Tem roda de choro aos sábados.
•  Rua Esmeralda, 298. (31) 3337-6825.

Orient Espetos Beer
Mais novo bar de espetinhos do bairro, abriga 600 pessoas e engrossa a lista ao lado de outros novatos no ramo por ali, como Os Desespetados, O Rei e Camarote da Bola. Cada espeto sai por R$ 5 (mesmo preço da cerveja long neck), entre contrafilé, costelinha, medalhão de muçarela com bacon, cafta e asinha, tudo vendido por fichas. Os chineses que comandam a casa incluirão pedidas orientais em breve.
•  Avenida Francisco Sá, 76. (31) 3656-5203.


Sushi’n Music

Ao menos essa e mais duas casas japonesas foram abertas no bairro no último ano. O cardápio lista pedidas frias e quentes habituais executadas pelo sushiman japonês Ryu Ferri, que já passou por vários restaurantes do tipo em BH. O prato mais pedido é o combinado music fusion (R$ 59, 20 peças), com ingredientes como hadoque, cogumelo shiitake e camarão flambado. O chope (Bäcker) sai por R$ 5.
•  Rua Turquesa, 806. (31) 2573-0202.

Mr. Bentô
Aberta por um filho de japoneses, a casa de comida rápida não é bem nipônica, apesar de ter alguns elementos típicos no cardápio e adotar a conhecida marmita (bento) dos asiáticos. Convivem lado a lado espaguete e bifun (macarrão de arroz), hambúrguer e tamagoyaki (omelete japonês), costelinha ao barbecue e guiosa. E nada de sushi. Porções individuais para comer no local ou levar.
•  Avenida do Contorno, 9.287. (31) 3296-6450.

Pizza no Galpão
O imóvel é realmente um galpão e ali funcionava uma loja de autopeças. Agora tem clima intimista, com mesas de madeira, objetos antigos e forno a lenha. Pizzas foram criadas para privilegiar ingredientes mineiros, como o requeijão
de raspa, combinado com molho de tomate, carne seca, azeitona e cheiro verde (R$ 53, 30cm). Uma parrilla está para ser aberta em frente.
•  Avenida Francisco Sá, 281. (31) 3291-1681.

Patorroco

Um dos bares mais famosos da cidade, foi vencedor do Comida di Buteco duas vezes seguidas (2012 e 2013) e sua reputação se tornou tão grande que hoje nem todos se lembram de que começou como ponto de encontro de jipeiros. Os petiscos fora do comum, irreverentes mesmo, são a marca registrada da casa, a exemplo do que acaba de ser inventado, o pão moiado (R$ 8,50): pão recheado com molho à bolonhesa, calabresa e pimenta, com queijo à parte.
•  Rua Turquesa, 875. (31) 3372-6293.

 

Ao gosto do freguês

 

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