Restaurante Hannah aposta na culinária japonesa fusion

Na casa, no Bairro Santa Amélia, o chef Marcelo San escolhe o que o cliente vai comer

por Eduardo Tristão Girão 07/11/2014 08:56
Fotos: Denis Medeiros/Divulgação
A fusão entre Oriente e Ocidente está presente em algumas pedidas do Restaurante Hannah (foto: Fotos: Denis Medeiros/Divulgação)
O carioca Marcelo San talvez seja o chef que iniciou a difusão de uma cozinha japonesa de apelo fusion em Belo Horizonte, em 2006, extrapolando o universo dos sushis de atum e salmão. Começou no extinto Sakê, consagrou-se no Udon (do qual desligou-se ano passado) e abriu este ano seu primeiro restaurante, o Hannah, no Santa Amélia. Depois de período de cautela para sentir o público local, ele aposta em serviço que mistura menu degustação e rodízio e anuncia sociedade no Shitake, em Lourdes, que passará por nova transformação, apesar de ter sido reformulado recentemente.


“Eu estava para abrir uma casa grande em Lourdes com meu sócio. Depois, vimos que abrir casas menores e mais simples em outros bairros seria mais interessante em termos de investimento e capitalização”, conta San. Com passagem por restaurantes japoneses no Rio de Janeiro e experiência de cinco anos em cozinhas de Portugal, ele veio para BH meio por acidente. Decidido a voltar para a Europa, não embarcou por overbooking e, justo na ocasião, recebeu a ligação de um dos sócios do Sakê.

De lá para cá, tornaram-se relativamente comuns sushis finalizados com maçarico, flambados e associados a ingredientes como azeite de trufa e alho-negro. Ainda que o cardápio do Hannah não liste nenhum prato do tipo, é nessa fusão entre oriente e ocidente que o chef aposta para o serviço que batizou de rodízio gourmet: por R$ 70, cada pessoa come sequência de dezenas de preparações frias e quentes em pequenas porções, criadas na hora por San e a equipe, repetindo o que quiser (à exceção dos sashimis).

A inspiração veio do restaurante paulistano Kappa & Kanashiro, que oferece serviço parecido. “O cliente não escolhe o que vai comer, só informa suas restrições alimentares. Assim, consigo trabalhar com o que gosto, que é essa linha moderna, surpreendendo as pessoas”, define o chef. Como os pratos são criados em função do que há de melhor no dia, a sequência sempre muda. Entre três e quatro vezes por semana, a casa recebe peixes e frutos do mar, trabalhando ocasionalmente com hadoque e enguia.

GYOZA A parcela mais tradicionalista do público, entretanto, não precisa se preocupar, pois há opções de combinados a partir de R$ 36 (12 peças). No cardápio fixo, há também gyoza (de lombo, feito na casa; R$ 16, porção), cogumelos shimeji na manteiga (R$ 25), tempura de camarão (R$ 78) e pratos como o yakisoba de legumes e filé (R$ 32), além de sobremesas (são três tipos de petit gâteau: limão, goiaba e chocolate; R$ 17, cada). Para beber, cerveja (a partir de R$ 7), saquê (a partir de R$ 14, dose) e drinques (a partir de R$ 11).

Hannah
Avenida Portugal, 2.390, Santa Amélia, (31) 3327-9148. Aberto de terça a quinta, das 18h30 à 0h; sexta e sábado, das 18h30 à 1h; domingo, das 18h30 à 0h.

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