Uaimií, no Bairro Sion, oferece cervejas produzidas em fazenda mineira

Cardápio da casa é focado em petiscos e foi elaborado pela chef Rosilene Campolina

por Eduardo Tristão Girão 19/09/2014 08:00
André Hauck/Esp. EM/D. A Press
(foto: André Hauck/Esp. EM/D. A Press)
Normando Siqueira é um típico filho da geração que mudou a cena cervejeira de Belo Horizonte na última década. Empolgado com a possibilidade de sair da ditadura do “cervejão” e fazer a própria bebida, começou a frequentar cursos de fabricação caseira e harmonização e arrastou para esse universo o pai, o médico José Maurício – que até então gostava mais de vinho. Recentemente, eles transformaram a fazenda da família, próxima a Itabirito, em cervejaria e agora abriram bar no Sion para escoar a produção, o Uaimií.


A inspiração veio de cervejarias que visitaram em fazendas na França e na Bélgica. O modo de produção que observaram nesses locais não é diferente do habitual, mas os dois enxergaram nesse modelo maneira de explorar melhor o terreno de 72 hectares que têm em Acuruí, distrito de Itabirito. Em breve, começarão a receber visitantes para conhecer a cervejaria (que tem cave subterrânea) e degustar os cinco rótulos produzidos no local. Por enquanto, para beber qualquer um deles, só indo ao bar.

 

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O imóvel escolhido fica em trecho mais tranquilo e residencial da Rua Grão Mogol, ocupando espaço que pertencia à floricultura ao lado, também de propriedade da família. Mesas pretas e um longo sofá inteiriço de couro vermelho, em conjunto com as banquetas no balcão, acolhem 85 pessoas. Das chopeiras saem cervejas dos tipos dortmunder export lager, american pale ale, hefeweizen (trigo) e dry stout – uma bière de garde deverá chegar a casa em breve. Os preços começam em R$ 9,50 (300ml); há chope e garrafa.

“Em geral, tentamos fazer cervejas mais leves para facilitar nossa inserção no mercado e pensando em quem está começando a beber rótulos especiais, mas sem deixar de agradar quem já entende da bebida”, explica Normando. Ele fez curso de sommelier de cerveja com a especialista Fabiana Arreguy e definiu com o pai os estilos que seriam produzidos. O mestre-cervejeiro Evandro Zanini foi chamado para ajudar no desenvolvimento das receitas.

Polvilho O cardápio da casa é focado em petiscos e foi elaborado pela chef Rosilene Campolina, que criou pedidas como a porção de lâminas de polvilho crocantes com ervas e especiarias servida com pastas de queijo e berinjela (R$ 16,50). Houve preocupação em evitar frituras, o que motivou a compra de forno combinado, equipamento de importância central na cozinha do bar, com o qual são assados o peixe e a batata do fish and chips, fritura comum em qualquer pub. Itens vegetarianos também estão disponíveis.

Da região de Itabirito, são trazidos produtos como linguiça, carne de lata e jabuticaba. Uma receita de suflê de bacalhau da avó de Normando (Dona Lêda; R$ 56,90), um pão feito com malte da produção das cervejas da casa (R$ 10), duas lasanhas (R$ 35,90, cada), sobremesas (a partir de R$ 12,50) e drinques com cerveja (R$ 26, cada) completam o cardápio.

Uaimií
Rua Grão Mogol, 1.176, Sion. (31) 3285-3435. Aberto de terça a sábado, das 17h à 0h.

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